Após as polêmicas sobre a saída do então delegado-geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Akira Sato, o Governo do Estado anunciou o substituto: Marcos Flávio Ghizoni Júnior. Natural de Tubarão, ele entrou para a Polícia Civil em 2006. De 2015 ao início de 2018, atuou como delegado-geral adjunto, tendo assumido o comando da corporação em 20 de fevereiro de 2018. Desde então, atuou como controlador-geral da Assembleia Legislativa. Além disso, possui graduação em Direito pela Unisul e em Ciência da Computação pela Univali.
Em entrevista ao Programa Adelor Lessa, desta terça-feira, 05, Ghizoni Júnior afirmou que o que quer é que os delegados tenham “total autonomia para investigar seja lá quem for” e garantiu que “o que está sendo investigado continuará sendo investigado e quem está investigando vai continuar investigando com plena autonomia”.
“[A investigação] é um trabalho do delegado. O diretor da Deic [Diretoria Estadual de Investigações Criminais] coordena todos os trabalhos de investigação e eu quero resultado. Eu sempre achei assim. O que eu quero é que, se houver qualquer trabalho que se chame sensível, esse trabalho seja concluído. Nós temos prazos por inquérito. Um inquérito com réu preso são dez dias. Um com réu solto são 30 dias. Então se há essas investigações, elas têm que revelar o que é ilegal e, o que e quem são os responsáveis. Também no decorrer das investigações, apurar eventual interferência que se tenha tido”, explicou o delegado-geral.
Sobre a saída de seu antecessor Akira Sato, ele negou que haja discussões sobre as motivações do colega para se demitir. “Ele conversou com o governador Moisés na minha presença, no dia de ontem, e está saindo por motivo de foro íntimo, relacionado a um probleminha de saúde”, relatou Ghizoni Júnior.