A mobilização em torno de melhorias no Samu continua. O Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Saúde de Criciúma e Região (Sindisaúde) se mobiliza para participar de um ato dos trabalhadores na próxima terça-feira, 15, em Florianópolis, revela o residente do órgão, Cleber Cândido.“Esta mobilização será feita em Florianópolis na busca por sensibilizar o Estado com relação a esta situação”, comenta.
Ainda segundo ele, a ambulância do Samu da região de Tubarão, está quebrada, sobrecarregando as regiões de Criciúma e Araranguá. “A previsão é que fique pronta só na segunda-feira”, conclui.
Mais órgãos mobilizados
Além do Sindisaúde, o Sindicato dos Médicos do Estado de Santa Catarina (Simesc), também está mobilizado e, inclusive, encaminhou ofício ao secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro, para reforçar a necessidade de melhorias no Samu.
No documento o, o órgão cita "condições precárias de trabalho, equipamentos sucateados, férias em atraso e reajustes na remuneração defasado há sete anos" e encaminha relatos de algumas bases operacionais que confirmam as dificuldades de trabalho como falta desfibrilador e monitorização adequada, bombas de infusão com defeito, ventilador sem manutenção, entre outros. “Se a empresa contratada para fazer o gerenciamento das ações SAMU não consegue atender adequadamente, que esta Secretaria de Estado da Saúde encontre outra alternativa. Em última análise, é o Estado o mantenedor e o garantidor deste indispensável serviço”, aponta parte do texto.
O sindicato também anexou ao documento, uma pesquisa realizada em setembro de 2020 com os médicos do serviço, que constatou insatisfação especialmente nas condições de trabalho como falta de equipamentos, manutenção das ambulâncias, pouca estrutura das bases e remuneração.
O Samu ainda foi pauta de reunião do Conselho Superior das Entidades Médicas (Cosemesc), com o secretário André Motta Ribeiro no último dia 7 de junho, quando o presidente do Simesc, Cyro Soncini, e o vice, Leopoldo Back, cobraram mais uma vez a necessidade de solucionar os problemas do Samu. "Esta situação se arrasta há anos, e os trabalhadores médicos estão “desde sempre" na espera de respeito e respostas. Esperamos que o secretário cumpra o compromisso firmado com os médicos e faça os encaminhamentos necessários para resolver essas questões o quanto antes ”, avalia Soncini.
Confira o ofício enviado pelo Simesc à Secretaria de Estado da Saúde: