Há 11 dias em greve, os trabalhadores dos Correios protestam na manhã desta sexta-feira, 28, em frente ao centro de distribuição da Avenida Centenário, em Criciúma.
Entre os motivos, está o corte de benefícios, e que não foram renovados pelos Correios e resultaria em uma redução de aproximadamente 40% do salário dos trabalhadores. “O objetivo não é o transtorno, mas que tenha um benefício constante, mais à frente, com trabalhadores com qualidade, com condições para prestar um bom trabalho”, comentou o dirigente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios, Robson Rampon ao programa Agora, da Rádio Som Maior.
Ele reclamou ainda que os trabalhadores nunca tiveram aumento significativo de salário. “É um abono, uma gratificação por produtividade, um adicional. São pais de família, muitos precisam pagar aluguel, pensão. A nossa atividade é de risco e desgastante, muitos são afastados pro problemas de saúde. Há anos sem concurso público. Pedimos apoio da sociedade com relação a isso. Não somos bandidos, somos trabalhadores. Como vai ser a sociedade sem o serviço público?”, questionou.
Rampon falou ainda que a empresa rejeitou proposta apresentada nessa quinta-feira, 27. “Estamos apreensivos ainda do que vai ser. A greve será por tempo indeterminado. Vamos analisar neste fim de semana”, citou.
Privatização
O sindicalista ainda comentou sobre os comentários de privatização dos Correios. “Processo de privatização não é tão fácil. Se arrasta estas propostas desde quando o Fernando Henrique Cardoso era presidente. Tem uma Frente Parlamentar que nos dá apoio e que tem esta prerrogativa de defesa dos Correios público”, finalizou.
Ouça a entrevista do dirigente sindical à Som Maior no podcast. Confira, abaixo, mais fotos do movimento grevista em Criciúma.