Até agosto vigorou, em Criciúma, um sistema de cobrança de taxa de lixo que reduziu a inadimplência de 20% para 3%. "Isso nos ajudou e muito, com uma cobrança mais eficiente acrescemos em R$ 2 milhões a nossa arrecadação, sem aumentar 1 centavo sequer de impostos", lembra o fiscal de tributos da Secretaria da Fazenda, Luiz Fernando Cascaes.
Mas a Casan anunciou, em agosto, o rompimento do contrato que permitia a cobrança da taxa de lixo dos criciumenses na mesma fatura de água. "E fizeram isso sem qualquer justificativa. Apenas informaram que não tinham mais o interesse de renovar o contrato e a partir de setembro não fez mais a cobrança", informa. "É uma situação muito lamentável. Fizemos a prática de uma política fiscal inteligente. Precisávamos aumentar o recolhimento da taxa de lixo pois estávamos tirando recursos de creches, escolas, para cobrir a conta do lixo que não fechava", relata.
Com isso, restam quatro parcelas relativas à coleta para cobrar em 2019. O prefeito Clésio Salvaro anunciará, nesta sexta-feira, em entrevista coletiva às 8h, como efetuará a cobrança junto aos contribuintes. "Temos quatro parcelas para arrecadar da taxa do lixo de 2019, de setembro a dezembro, que não foram lançadas na taxa de água e que precisam ser cobradas senão o município vira um caos com lixo nas ruas. Precisamos cobrar", explica. "O que não foi arrecadado de setembro a dezembro, o prefeito está prorrogando por decreto essas quatro parcelas para dezembro, sem acréscimos. São 12 parcelas iguais", finaliza.