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Uma cratera no caminho do binário

O susto de moradores com um buraco que vai abrindo onde grande obra está prometida

Por Denis Luciano Criciúma, 08/09/2018 - 16:48

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Nos primeiros dias de setembro choveu 80% do que se projetava para o mês inteiro. “Menos mal que, passadas as nuvens, o tempo é bom”. O alerta que o climatologista Márcio Sônego acentuou na Rádio Som Maior aliviou a aposentada Francisca Vieira Reus. Moradora do bairro São Luiz, ela andava, e ainda está, desconfiada com uma parada de ônibus.

“Olha isso”, apontou ela, indignada após a última das pancadas de chuva que abriu setembro. De fato, há razão para o susto. Quem espera ônibus na Rodovia Luiz Rosso quase esquina à rua Fioravante Benedet se depara com uma verdadeira cratera que, por força da erosão, vai engolindo o solo a poucos metros de onde os passageiros se acomodam. “E essa rachadura no chão aqui. Vão me dizer que não tem nada a ver com aquele buraco?”. 

A preocupação da aposentada procede. O terreno na esquina da rodovia com a rua está abandonado. A calçada improvisada, de chão batido, serve de estacionamento para um Fiat Uno de alguém por ali. E o buraco em questão é o encontro do esgoto pluvial – suspeita-se que seja somente pluvial – que desce da Fioravante Benedet e se encontra com o canal, cuja conexão com a larga tubulação está exposta à margem da Luiz Rosso, abaixo da calçada que acolhe a parada de ônibus em questão.

“Esse buraco cedeu mais nos últimos tempos. Essa chuva colaborou. E passa muita água ali”, refere Francisca, preocupada com a proximidade entre a cratera e os pedestres. Enquanto a aposentada atendia a reportagem, mais alguns vizinhos se aproximaram e referiram outro problema. “Essa água que passa no tubo às vezes vem colorida, azul, vermelha”, disse um dos moradores. “Alguém está jogando o que não deve nesse cano aí. Já denunciamos uma vez à Famcri”, completou outro.

O binário vai passar ali

Não se trata somente de manejo inadequado de água e exposição de rede de esgoto o que, por si só, já são problemas latentes em uma esquina a uma quadra da rótula do bairro São Luiz. “Não. É segurança também. Esse buraco só cresce e ninguém toma providência”, reclama Francisca.

A solução vem aí. Não somente para este problema, mas para tantos outros daquela região. A solução para a Fioravante Benedet e arredores tem relação direta com a busca de financiamento que Criciúma faz junto ao Fundo de Financiamento para a Bacia do Prata (Fonplata), operação de alguns milhares de dólares que vai construir o binário da Avenida Santos Dumont.

“Conhecemos esses problemas da região, mas pedimos um pouco mais de paciência à população”, comenta a secretária de Infraestrutura, Kátia Smielevski. O binário vai passar justamente ali. A Fioravante Benedet será a continuidade da rua Carlos Sampaio, no sentido do bairro São Luiz para a conexão com a Imigrantes Poloneses. “Pretendemos começar essas obras no ano que vem. Vamos iniciar fazendo o viaduto do São Luiz”, completa.

O lugar reclamado pela aposentada será, a partir da conclusão do binário, extremidade de um viaduto que ligará aquela esquina, hoje um recanto de poeira e buraco, com o outro lado da Luiz Rosso, em direção ao São Luiz. “Mas precisamos de providências urgentes aqui. Antes que alguém se machuque”, completa Francisca, um pouco menos preocupada. “Só até a próxima chuva”, diz, olhando para o céu e ligada na previsão do tempo.

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