Pauta recorrente quando o assunto é educação em Santa Catarina, o Universidade Gratuita segue em discussão. Em entrevista à Rádio Som Maior, na manhã desta quinta-feira (22), a reitora da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc) e presidente da Associação Catarinense das Fundações Educacionais (Acafe), Luciane Bisognin Ceretta, defendeu o projeto.
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Ouça a entrevista completa com a reitora da Unesc:
"As contrapartidas do projeto Universidade Gratuita - que é destinado para as universidades comunitárias -, são altíssimas. Hoje, na proposta original, se passar desse modo, a cada duas bolsas ofertadas pelo Estado de Santa Catarina, as nossas universidades precisarão ofertar mais uma", detalha Luciane.
Para a reitora da Unesc e presidente da Acafe, o grande ponto em questão é o desenvolvimento de Santa Catarina. "A educação superior não pode ser uma disputa política e nem de fragilização ou fortalecimento de um ou de outro. É preciso olhar para o projeto, ver o que é preciso melhorar e, logo, se ele pode ser ampliado, dialogado e melhor analisado", reforça.
Atualmente, um dos principais pontos de discussão sobre a proposta é a proporcionalidade de distribuição dos recursos. O projeto entregue à Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) prevê 80% para universidades comunitárias e 20% para as instituições particulares.
"É preciso compreender que nós temos diferentes grupos de instituições que oferecem educação superior em Santa Catarina e no Brasil. Quando a gente trabalha a perspectiva da discussão do ensino, está tudo bem, pode se fazer numa mesma seara. Quando a gente discute aporte de recursos públicos, nós precisamos olhar, primeiro, para a educação básica e ensino médio, para a Udesc, para as nossas fundações educacionais de origem pública e, também, as instituições privadas", finaliza Luciane.