Santa Catarina registrou, até esta quarta-feira (14), 18 casos de febre maculosa em 2023. Somente em São Paulo, três pessoas morreram pela doença neste ano. Mas você sabe quais os sintomas? E se existe tratamento? A doença pode variar entre casos leves e mais graves, com alta taxa de letalidade, e é causada por bactérias do gênero Rickettsia. A transmissão acontece pela picada de carrapato.
Santa Catarina, desde 2007 - quando iniciaram-se as divulgações sobre casos de febre maculosa no Brasil -, até 2023, teve 580 registros da doença e nenhuma morte. Neste ano, 18 diagnósticos foram confirmados, de acordo com os dados da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive).
"Neste momento, as pessoas estão atentas pois a região sudeste tem casos com frequência, graves e até óbitos. Aqui em Santa Catarina, com relação à febre maculosa, temos presença do vetor, porém são casos brandos. A bactéria que causa a doença e que circula no estado não está associada a quadros graves", explica a gerente de Zoonoses da Dive/SC, Ivânia Folster.
Recomendações
A principal forma de prevenir a febre maculosa é não ter contato com o carrapato. Por isso, os órgãos de saúde recomendam usar roupas claras para ajudar a identificar o aracnídeo; utilizar calças, botas e blusas com mangas compridas ao caminhar em áreas arborizadas e gramadas; evitar andar em locais com grama ou vegetação alta; aplicar repelentes de insetos e verificar se seus bichos de estimação estão com animais.
Também é recomendado que se você encontrar um carrapato aderido ao corpo, remova-o com uma pinça. Depois de remover o carrapato inteiro, lave a área da mordida com álcool ou sabão e água; quanto mais rápido retirar os aracnídeos do corpo, menor será o risco de contrair a doença. Após a utilização, coloque todas as peças de roupas em água fervente para a retirada.
Sintomas da doença
- Febre;
- Cefaleia;
- Mialgia intensa;
- Mal-estar generalizado;
- Náuseas e vômitos;
- Exantema máculo-papular (acometendo principalmente região palmar e plantar);
- Linfadenopatia;
- Escara de inoculação (lesão no local onde o carrapato ficou aderido).
"As pessoas podem procurar as Unidades de Saúde para serem avaliadas e receberem o diagnóstico. Para identificação da febre maculosa, é feita uma coleta de sangue, em dois momentos, e elas são encaminhadas ao nosso laboratório de referência, o Lacen. O tratamento é feito no momento da suspeição com antibióticos e terapia adequada", finaliza Ivânia.