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Veto do governador à volta do transporte surpreendeu, reconhece ACTU

Presidente da ACTU não destaca a possibilidade de uma manifestação por parte dos motoristas, duramente impactados com a decisão

Por Paulo Monteiro Criciúma - SC , 30/04/2020 - 10:07 Atualizado em 30/04/2020 - 10:40
Arquivo / 4oito
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O decreto de suspensão da circulação de transportes públicos em Santa Catarina estava previsto para acabar nesta quinta-feira, 30, mas, ainda ontem, o governador Carlos Moisés anunciou o adiamento do retorno. A decisão de Moisés pegou de surpresas os motoristas catarinenses - ainda mais pela forma como foi dada.

“Nós não tínhamos a segurança da posição do governador, mas também não imaginávamos que ele fosse dar uma declaração como ele deu, de que poder ser 15, 30 dias ou por tempo indeterminado a suspensão. Isso nos pegou de surpresa, é uma ação extremamente caótica para as empresas”, declarou o presidente da Associação Criciumense de Transporte Urbano (ACTU), Everton Trento.

O decreto federal permite que as empresas paguem 30% do salário dos funcionários por 60 dias, com o governo cobrindo os 70% restantes. Apesar disso, as empresas de transporte já estão há 42 dias sem funcionamento e, caso os supostos mais 30 dias de suspensão sejam adotados pelo estado, poderão enfrentar mais dificuldades. 

“Vai ficar 72 dias sem faturação nenhuma, como vai sustentar uma indústria dessas? O governo abre 100% para indústrias e comércios, igrejas e construção civil abrem também, mas não abre o transporte regular. As empresas estão retomando, assim como o comércio e a indústria que precisam fazer o transporte de seus colaboradores”, destacou Everton.

O presidente da ACTU questiona o fato de os ônibus não poderem circular, com todo o controle de passageiros, utilização de máscaras e EPI’S à todos e horário diferenciado para que não haja aglomerações, enquanto outros transportes “clandestinos”, como topiques não fiscalizadas, seguem circulando. Everton afirma que não se descarta a possibilidade de uma manifestação por parte dos trabalhadores.

“Os nossos colaboradores, que estão em casa há mais de um mês, estão preocupados e muitos querem fazer um levante, mas tentamos acalmar e dizer que é temporário, por mais que agora tenha se mostrado não ser. Penso que o sindicato dos trabalhadores no estado deve sim fazer algum movimento, pelo menos é o que eu tenho ouvido dos colaboradores”, afirmou.

Demissões

Por mais que o governo cubra 70% dos salários dos funcionários pelo período de 60 dias, há empresas que já estão tendo que demitir os seus funcionários. “Daqui para frente teremos que tomar uma atitude, já tem muita gente desempregada. No interestadual Porto Alegre e Criciúma, 90% dos motoristas já foram demitidos. Inclusive a pessoa só sai com pagamento e férias, o resto cobra da justiça”, pontuou o presidente do Sindicato dos Motoristas de Criciúma e Região, Clésio Fernandes, mais conhecido como Buba.
 

Tags: coronavírus

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