Nos dias 3 e 4 de outubro o Auditório Jaime Zanatta, da Associação Empresarial de Criciúma (Acic), vai receber um ciclo de palestras relacionadas a violência contra o sexo feminino, organizado pela Comissão da Mulher Advogada (CMA). A ideia é falar sobre temas que preocupam e ficaram mais em evidência depois que passaram a ser tratados como feminicídio.
“A gente faz esse convite e estende a toda a população. Temos que orientar sobre como a violência começa. Está havendo um número muito alto de crimes contra as mulheres”, disse a presidente da CMA em Criciúma, Luciana Borsatto Schmitz. Um dos assuntos abordados será a violência digital. “É um tema bastante novo e inovador, mas é o que está acontecendo hoje, principalmente nas redes sociais que são abertas e todo mundo tem contato”, completou.
Para a advogada Milly Christie Lima, hoje crimes de calunia e difamação contra mulheres são solucionados em 85%, mas o que pesa ainda é a visão machista. “O que a gente vê muito ainda é a questão cultural, do homem ter o controle sobre a mulher. Em alguns casos elas colocam fim a um relacionamento e eles não aceitam, achando que são propriedades”, comentou.
A Lei Maria da Penha foi constituída em 2006, estimulando punição para quem pratica violência doméstica, já o feminicídio é previsto desde 2015. “Antes do feminicídio a gente não tinha esses números, era contado apenas como assassinato de mulher”, destacou a advogada Maria Lucia Severo Lang.