Uma das vítimas da diarista que roubou joias e objetos de valor em diversas residências de Criciúma relatou como descobriu e como a mulher agia.
A mulher foi contratada por diversas famílias e agia sempre da mesma forma: dias depois de iniciar os trabalhos, os furtos iniciavam. Até o momento, a estimativa é que ultrapasse os R$ 200 mil, entre joias e outros objetos de valor roubados.
A mulher de 52 anos de idade, foi presa preventivamente.
Conquistar a confiança era a forma que ela fazia para cometer os crimes. É o que aconteceu com a vítima que falou ao 4oito. Ela fala que conhecia a mulher há pelo menos dois anos por trabalhos realizados em sua casa na praia. “Confiava nela e a chamei para a minha casa porque fiquei sem empregada. Fiz uma cirurgia em dezembro e pediram para tirar as minhas joias. Retirei todas e coloquei em uma caixa. No dia 24 de dezembro fui comemorar o Natal com o meu filho e iria colocar um anel, mas não achei. Ela tinha feito a faxina no dia 23 e ia voltar no dia 24, mas não voltou”, conta.
Outros anéis, além de pulseiras e correntes, também sumiram do local. “Como eu não tinha recebido visita nenhuma no período de recuperação da cirurgia, e ela era a única pessoa que teve contato com esses objetos, eu desconfiei. Tentei levar em ‘banho maria’ por vários dias, mas não consegui, então perguntei para ela sobre as joias e ela disse para procurar a polícia. Falei que tinha gravações, ela confessou e eu gravei tudo, disse que furtou, onde vendeu. Foi feita uma investigação toda, descobrimos que faz 17 anos que uma pessoa conseguiu provar através de imagens, mas o crime já prescreveu. Agora estamos em nove vítimas, mas continua crescendo, todos os dias descobrimos uma vítima nova e os Boletins de Ocorrência estão crescendo”, relata.
A vítima também fala que, antes da confissão, durante as tentativas de contato, a diarista não atendia ou tentava despistar. “Liguei para ela, não me atendia, dizia que o irmão tinha morrido em uma acidente no Rio Grande do Sul. Olha a destreza dela dizer que o marido tinha morrido e chorava no telefone”, diz.
Ela acrescenta que das 23 peças de ouro furtadas, conseguiu recuperar dos anéis, já desmontados. “São objetos de valor inestimável. Um dos anéis eu tinha há 30 anos. É triste saber que colocamos uma pessoa de confiança em casa e ela faz isso. Agora não sei se posso confiar novamente em outra pessoa”, conclui.