Preciso trabalhar. E agora, por onde começo? Estou preparado para isso? Serei aceito? Chega uma hora na vida em que é preciso escolher que rumo seguir quando o assunto é mercado de trabalho e essas perguntas se tornam inevitáveis. Optar por uma profissão nem sempre é tarefa fácil. Por isso, quanto mais ajuda, melhor.
Jovens ainda descobrindo os próprios gostos e aptidões, mas precisando traçar um objetivo, uma meta, para vislumbrar um futuro nada distante. Para muitos, a busca pela independência financeira consome horas de sono e traz angústias causadas por um passo tão importante rumo à vida adulta. Nessa disputa cada vez mais ferrenha por uma vaga no mercado de trabalho, a qualificação fará toda a diferença. Optar por uma função necessária dentro das empesas é uma estratégia importante e inteligente. Por isso, surge o elo formado por empresas e instituições de ensino. O Sul do Estado é um celeiro na formação da mão de obra. A região é destaque em Santa Catarina pelo número de universidades e instituições focadas na formação profissional.
Ir a uma entrevista de emprego com um currículo mal elaborado e com pouca experiência pode frustrar, até mesmo, a dedicação dos candidatos. Muitas portas poderão fechar, mas quando uma se abrir, estar pronto faz toda a diferença. Mas, indiscutivelmente, para começar, é preciso dar o primeiro passo. Um bom planejamento é a chave para superar obstáculos que surjam no caminho, como veremos a seguir.
Determinação + Foco: Conquista
A busca por um lugar de destaque sempre requer muito foco e determinação. Esse é o caso de Mateus Souza Benincá, hoje, com 18 anos. Ele se formou no curso técnico de Mecatrônica, pela Satc, no ano passado, e já sente os efeitos na vida prática.
“Ao final do curso técnico, recebi duas propostas de estágio de empresas multinacionais: a WEG, de Jaraguá do Sul, e a Embraco, de Joinville. Optei pela segunda e, atualmente, estou trabalhando no setor de R&D (pesquisa e desenvolvimento), nos laboratórios de eletrônica. O estágio aqui está sendo uma experiência sensacional para mim. Estou aprendendo muito, ganhando bem, me desenvolvendo profissionalmente e pessoalmente, além de estar criando uma rede de contatos”, afirma Benincá.
Próximos passos
Mesmo ainda jovem, Benincá sabe que o aperfeiçoamento precisa continuar. “Passei no vestibular da Udesc, já me matriculei e, a partir do mês de agosto, vou iniciar minha graduação em Engenharia Elétrica, aqui no Centro de Ciências Tecnológicas de Joinville (CCT), enquanto continuo meu estágio”, pontua.
Toda essa mudança, o futuro engenheiro elétrico atribuí aos dias dedicados à especialização e à busca por diferenciais, que o fizeram entrar em um mercado tão competitivo.
“Posso afirmar que o ensino técnico faz muita diferença na formação do estudante, porque ele te proporciona não só uma formação extra, mas também muitas oportunidades de ingressar no mercado de trabalho, logo após sua conclusão. Além, é claro, de orientar na escolha da graduação, pois, no meu caso, optei por Engenharia Elétrica por já estar trabalhando e gostando da área de Eletrônica”, detalha.
Mais de seis décadas dedicadas à formação profissional
“O ingresso dos jovens no mercado de trabalho é muito importante, sendo que eles serão a força de todos os segmentos de mercado. A Satc tem em seu DNA a formação profissional há mais de 60 anos e isso nos dá muito orgulho. Os indicadores de empregabilidade que temos ajudam na mobilidade social. Capacitar pessoas para atuarem no mercado de trabalho, quer seja com formação técnica de nível médio, superior, ou mesmo os cursos mais rápidos, dá aos nossos egressos uma nova perspectiva de colocação e ascessão profissional. Isso acontece porque o mercado, hoje, carece de mão de obra especializada. Por isso, a preocupação da Satc em manter sempre o ótimo nível de formação dos alunos, com um corpo docente que traz a experiência do mercado, com laboratório, ambientes e métodos de ensino e aprendizagem que garantem alto nível de formação desses profissionais”, explica Fabiano de Medeiros Ugioni, coordenador do departamento de Estágios da Satc.
Ugioni ainda ressalta que o aperfeiçoamento nas salas de aula tem foco no que o mercado está buscando. “A Satc dialoga muito com as empresas para entender suas demandas e suas dores, para que assim, possamos fazer os conteúdos a serem trabalhados no ambiente acadêmico e manter o perfil de formação que o mercado espera. Por esse motivo temos ótimos indicadores de empregabilidade. Apenas no ano passado recebemos mais de três mil vagas em todas as áreas do nosso portfólio de formação. Ou seja, eram seis a sete vagas por aluno que estava se formando. Temos hoje mais de quatro mil empresas conveniadas. Temos inúmero projetos juntos e também um trabalho na resolução de problemas, com a formatação de cursos para atender a demanda específica das empresas. Temos o nosso centro tecnológico com bolsista, professores, pesquisadores, sempre buscado soluções para as empresas, fazendo dessa uma ótima relação”, frisa.
Por fim, o coordenador do departamento de Estágios da Satc explica que o setor é o elo forte de ligação entre alunos e empresas, por isso, os bons resultados colhidos. “Nosso setor, além da gestão e do forte relacionamento como mercado de trabalho, também promove ações que ajudam nas oportunidades e na preparação dos alunos para a vida profissional. Temos inúmeros projetos. Como por exemplo o Satc Work Week (SWW), que se trata de uma semana com inúmeras discussões e orientações de futuros profissionais. Com atividades que promovam informação e debate sobre a colocação no mercado de trabalho e desenvolvimento profissional. São palestras, cases, minicurso, tudo isso que promove oportunidade para os alunos que estão na iminência de ingressarem na vida profissional”, detalha.
Exemplo a ser seguido
Belone de Fraga também tem uma história de superação conquistada junto à Satc. “Eu fiz meu ensino médio na Satc e surgiram oportunidades de buscar um curso técnico. Eu acabei optado pelo de informática. Até então, eu não sabia muito bem o que esperar, já que não tinha muitas informações, mas sempre gostei dessa área, principalmente, porque jogava bastante, gostava de desmontar computador e notebook. Acabei indo para a área da programação e gostei. Isso abriu meus olhos. O mercado nessa área é muito amplo aqui na região Sul, mas concorrido também, já que as empresas buscam profissionais qualificados. Por isso, o ensino profissionalizante é fundamental. Já trabalhei e Startups e empresas de desenvolvimento de software. Agora estou fazendo a graduação em Engenharia da Computação, mas o curso técnico já me auxiliou muito, conta.
De aluno a mestre
"Nesse momento, estou dando aula na Satc. Eu saí técnico e agora dou aulas para os alunos que fazem o mesmo curso no qual eu me formei. Isso é muito gratificante, poder passar o que aprendemos para outras pessoas. Esse também é um retorno para a instituição. Fomos ensinados e agora conseguimos devolver em forma de conteúdo, formar novos profissionais capacitados”, diz, o agora professor, Belone de Fraga.
Um mix de oportunidades
Com sede no Morro dos Conventos, em Araranguá, o Instituto Mix de Profissões é considerado o principal celeiro de cursos profissionalizantes do Brasil. São mais de onze áreas de ensino, que vão desde saúde e beleza, até indústria e mecânica. Já são mais de dois milhões de alunos formados em todo o território nacional.
“O instituto tem privilegiado o desenvolvimento de formações para diversas áreas do mercado de trabalho. Nós vivemos em uma região extremamente diversa e com oportunidade para todos os segmentos. São mais de 200 opções de cursos que formam alunos em diversas áreas. Nossos cursos mais vendidos estão voltados para os setores da gastronomia e da beleza, que são dois segmentos em franca expansão aqui na nossa região Sul. Percebemos que essas nossas mais de 200 áreas de formação acabam atendendo alunos e mercado. Normalmente fazemos pesquisa de mercado. Quando uma unidade é instalada, o planejamento contempla, entre outras coisas, uma grande pesquisa, para identificar o perfil econômico de cada região; de cada cidade”, aponta Vanderlei Freitas Júnior da equipe de operações do Instituto Mix.
O sonho do próprio negócio
Júnior também explica que o Instituto Mix prepara aqueles que querem ir além e virarem donos do próprio negócio. “Nesse mapeamento nós não analisamos apenas as oportunidades de emprego, porque grande parte dessas nossas áreas, tem foco no empreendedorismo. Aí eu uso como exemplo a confeitaria, o curso de cabelereiro profissional, de barbeiro profissional... são cursos que vão estimular o empreendedorismo. O aluno ao se formar pode iniciar seu próprio negócio gerando emprego e renda e modificando o cenário socioeconômico da sua região”, comenta.
Profissional completo
“Nós temos foco também na formação completa. Para se posicionar bem no mercado de trabalho o aluno precisam mais do que a formação técnica. Ele necessita de conhecimentos básicos que alguns especialistas chamam de soft skills, mas que estamos chamando somente de formação completa. O aluno, quando for buscar um emprego, precisa entender de currículo, de processo seletivo, de dinâmicas de seleção, de matemática básica, de língua portuguesa, enfim, essas habilidades tão importantes e tão negligenciada por algumas instituições. Já aqueles que vão abrir seu próprio negócio precisam entender de contabilidade básica, finanças básicas, precisam entender o que é uma MEI, como ele abre essa MEI e vários outros aspectos direcionados a área empresarial em si. Todos os nossos alunos recebem gratuitamente um curso. Temos o Gestão Pessoal e Profissional, que vai formar colaboradores para as empresas e o Gestão Profissional Empreendedora, que vai formar empreendedores”, conclui Júnior Freitas.
Foco na indústria
Um dos setores do Sul do Estado que mais contrata e por conta disso, necessita constantemente de mão de obra especializada, é o industrial.
Valmir Cabral da Silva Neto, gerente de operações do SESI, SENAI e IEL para as regionais Sul e litoral Sul de Santa Catarina ressalta o importante papel que o SENAI, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, na formação de profissionais especializados.
“Algo muito importante a ser ressaltado é essa necessidade de mão de obra qualificada. Isso acontece nos mais diversos setores, sobretudo os industriais. Aqui na região carbonífera temos uma das indústrias mais heterogenias do Estado. E isso traz claramente ao SENAI uma responsabilidade muito grande de promover cursos e qualificações profissionais, cursos técnicos e cursos rápidos, de qualificação e aperfeiçoamento profissional que supram essa demanda, que atendam as áreas na sua totalidade. Temos uma escola bastante diversificada também, atuando em vários setores dentro do escopo da educação profissional, passando pelas áreas elétrica, mecânica, eletromecânica, vestuário, automação industrial, no setor do plástico, construção civil, segurança do trabalho, ou seja, uma diversificação muito grande de treinamento, justamente para poder atender todas essas demandas”.
Atuação no Sul
“No Sul do Estados nós temos uma história muito longa, de praticamente 5 décadas já, formando profissionais nas mais diversas áreas. Além do instituto de tecnologia em cerâmica que temos aqui, no bairro Comerciário, fazendo esse trabalho bastante direcionado. Nossa atuação está sempre alinhada as demandas do setor industrial. Sendo assim, todos os cursos, todas as ofertas, os planejamentos, ampliação de infraestrutura do SENAI, sempre tiveram intimamente ligados aos anseios do setor industrial, para melhor atender toda a comunidade, e fazer com que o cidadão que deseja trabalhar na indústria, possa ser encaminhado pronto ao mercado de trabalho”, pontua o gerente do SENAI, Valmir Cabral.
Oferta de cursos
“Nós temos uma oferta que abrange 40 municípios aqui no Sul do Estado, nas regiões da Amurel, da Amrec e também da Amesc, e dentro desse escopo nós temos quatro unidades do SENAI. Elas ficam em Capivari de Baixo, Braço do Norte, Tubarão e Criciúma. Essas unidades estão habilitadas a receber alunos de toda a região. Temos também o projeto Escola móvel SENAI, para atender as localidades onde não temos sede. O principal slogan é “O SENAI onde você está”, e é justamente isso, carretas personalizadas transformadas em laboratórios práticos, que são levadas até às prefeituras. Isso tem gerado uma grande notoriedade e temos conseguido alavancar a empregabilidade em cidades menores, no âmbito industrial. Após um estudo, capitaneado pela Fiesc, formamos mão de obra qualificada e direcionada para o mercado de trabalho de determinada região. Uma oportunidade para todos, desde o aluno, até as empresas”, explica Cabral.
Instituição federal de olho no mercado local
O Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), com sede em Criciúma, também é uma das instituições focadas em formar profissionais conforme a necessidade do mercado. Os alunos têm grande aceitação no mercado de trabalho, como explica Daniel Comin da Silva, diretor geral IFSC Campus Criciúma.
“Nós temos um setor de estágio bastante atuante. As empresas da região procuram com muita frequência os nossos alunos. Além disso fazemos muitas pesquisas de inovações tecnológicas, onde cidades e empresas da região nós trazem problemas reais, os alunos acolhem essas demandas e trabalham em sala de aula para resolver e auxiliar um determinado setor da economia. Nossos alunos têm uma formação bastante enriquecida, já que trabalham em sala de aula pontos importantes do mercado”.
Estude em uma federal
O IFSC ainda oferece cursos em diversos setores, desde os mais rápidos, até os com maior grau de especialização.
“O campus do IFSC de Criciúma possui,atualmente, cursos com ofertas regulares e cursos oferecidos conforme demandas, sobretudo, em parceria com os nossos municípios. Entre os regulares, nós temos os cursos técnicos na modalidade integrada, ou seja, voltados aos alunos que não possuem ensino médio. Eles fazem o ensino médio e técnico ao mesmo tempo. Temos então o curso técnico integrado em Edificações, em Mecatrônica e em Química. Eles são diurnos e com três anos de duração. A seleção se dá por meio de exame de classificação. Oferecemos cursos técnicos também na modalidade subsequente, direcionados aos alunos que já concluíram o ensino médio. Esses são cursos noturnos com quatro semestres de duração. A seleção também é feita por exame de classificação. Nessa modalidade temos o curso técnico em Edificações e o curso técnico em Eletrotécnica. Tem ainda a modalidade concomitante, voltada aos alunos que estão fazendo o ensino técnico em outra escola. Oferecemos nessa modalidade o curso em meio-ambiente, que também é um curso de quatro semestres e noturno, com seleção por meio de sorteio público”, aponta Daniel.
Formação superior e pós-graduação
“O IFSC de Criciúma ainda tem os cursos superiores. São eles: Engenharia Civil, Engenharia Mecatrônica e licenciatura em Química. A seleção se dá por meio de vestibular, em parceria com a UFSC, ou então pelo SISU, onde o aluno aproveita sua nota no Enem. Por fim, temos os cursos de pós-graduação em Especialização em Docência e os cursos rápidos conforme a necessidade da economia da região. Esses últimos são de 20 horas, 40 horas ou 100 horas e oferecem qualificação profissional. No segundo semestre teremos oferta nos municípios de Orleans, Urussanga e Balneário Rincão”, conclui Daniel Comin da Silva, diretor geral IFSC Campus Criciúma.
IFSC no Extremo Sul do Estado
O IFSC também tem forte atuação no Vale do Araranguá, região com características diferentes da Carbonífera e, por esse motivo, as ofertas são focadas em setores produtivos da economia local.
“São cursos nas áreas de vestuário, da moda, da eletromecânica e na formação de professores. Aqui também recebemos estudantes vindos da formação de jovens e adultos e o mesmo tempo alunos que fazem pós-graduação na área de docência. Nosso objetivo sempre é oportunizar uma educação de qualidade”, diz Mozart Maragno, chefe do Departamento de Assuntos Estudantis do IFSC Araranguá.
Estágio, o resultado final
“Nós temos também oportunidades para o ensino médio e cursos superiores, todos eles atrelados a oportunidade de estágio externo. Temos parcerias com inúmeras empresas, com o poder público, com agentes de integração e com o CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola). Então todo o estudante do IFSC, além de receber uma educação de excelente qualidade, ainda é muito bem aceito no mercado de trabalho”, pontua Mozart.
O outro lado do balcão
Na outra ponta, para assimilar todo esse potencial formado nas instituições do Sul Catarinense, estão as empresas, buscando sempre a mão de obra mais qualificada.
De acordo com Alberto Sasso, presidente da Associação Empresarial de Vale do Araranguá (Aciva), o incentivo deve ser uma constante nesse elo entre mercado e academia.
“Com a plena oferta de emprego que estamos vivendo, principalmente, aqui em Santa Catarina, onde a taxa de desemprego é muito baixa, precisamos mais do que nunca despertar junto aos jovens que eles continuem estudando, pois muitos desistem cedo”, comenta Sasso.
Ajudando a escolher que rumo seguir
“Na Aciva fizemos a feira de profissões que foi um sucesso, com mais de 1.500 alunos. O objetivo é sempre incentivar essa faixa etária a procurar qualificação e se especializar nos cursos oferecidos na nossa região. Além disso estamos mobilizando as instituições de ensino para que possamos trabalhar desde o ensino fundamental, demonstrando para os nossos jovens, que quanto maior a qualificação, melhor será a vida deles e de suas famílias”, afirma Alberto Sasso.
Reconhecimento
O incentivo aos melhores também é uma marca que a Aciva gosta de manter forte.
“Teremos novamente esse ano o Prêmio Aciva de Matemática, que tem por finalidade incentivar alunos de escolas públicas a estudarem e entenderem cada vez melhor os números, já que a matemática está na vida de todos nós, independente da profissão que venhamos a seguir. Conseguimos com isso também analisar as escolas que vêm apresentando evolução ao longo do tempo”, explica o presidente.
A sociedade agindo com tal
O envolvimento da sociedade, na visão de Alberto Sasso, é fator fundamental para o bom andamento do processo, inclusive para a melhoria do ensino ofertado.
“A sociedade tem que debater junto aos educadores a metodologia de ensino. Sabemos que muitos assuntos evoluíram, que muita inovação vem surgindo, mas precisamos debater, principalmente, a forma de se ensinar. As escolas públicas estão melhorando nos últimos anos. Estão recebendo reformas, o número de escolas está sendo ampliado e a busca por inovação e tecnóloga dentro da sala de aula já está presente. A remuneração dos profissionais também está melhorando, mas precisamos evoluir na maneira de ministrar as aulas. Atualmente os jovens, quando concluem o ensino médio, têm um déficit muito grande com relação ao mercado de trabalho. Então a graduação precisa estar mais voltada para aquilo que é utilizado na prática. Exemplos simples são: raciocínio lógico, matemática básica, o aperfeiçoamento na língua portuguesa, enquanto que alguns assuntos abordados no ensino médio e fundamental não estão sendo utilizados por esses alunos no dia a dia, ao concluírem os cursos. O objetivo é focar”.
Uma demanda que só cresce
Segundo o presidente da Associação Empresarial de Criciúma (Acic), Valcir José Zanette, o mercado muitas vezes está crescendo mais do que a oferta de mão de obra qualifica, necessitando assim intensificar a formação.
“Encontrar profissionais técnicos para suprir a demanda é atualmente um grande desafio para as empresas. Por isso, incentivar os jovens para essa qualificação é de extrema importância. Por meio da rede de talentos da Acic, observamos o aumento da demanda por profissionais. Somente no mês de junho foram mais de 2 mil e 700 vagas cadastradas na nossa plataforma, ofertadas por 490 empresas. No mesmo período houve o cadastro de 1,6 mil currículos aproximadamente de pessoas buscando a inserção no mercado de trabalho ou tentando uma nova colocação. Contamos com diversas instituições de ensino na região que desenvolvem e capacitam os profissionais, especialmente jovens e adolescentes”.
Acic mais próxima do ambiente de formação
Valcir destaca que o elo entre formar e assimilar os profissionais deve ser cada vez mais fortalecido. “A Acic iniciou um processo de aproximação com essas escolas para conhecer de perto o trabalho desenvolvido, com o intuito de atender as necessidades das empresas. Assim como temos um trabalho em conjunto e alinhado, contando também com a parceria da administração pública, objetivando fomentar ações que melhorem e inovem o ensino, buscando soluções para potencializar a empregabilidade. A finalidade é traçar alternativas que ofereçam velocidade à formação de profissionais qualificados e alinhados às necessidades do mercado. Isso alavanca o desenvolvimento e aumenta a competitividade das empresas de toda nossa região”, conclui o presidente da Acic.
Saia da zona de conforto
Seja qual for o ramo de atuação, a pretensão salarial ou a visão de carreira a longo prazo, o primeiro passo deve ser dado rumo ao desenvolvimento das habilidades. Jovens como Belone de Fraga e Mateus Souza Benincá, personagens deste Toda Sexta, estão cientes que aperfeiçoar deve ser uma tarefa diária para sair na frente na disputa por uma vaga no mercado de trabalho. E você? Já decidiu onde quer chegar? Como visto na reportagem oportunidades não faltam, basta procurar a sua.