Tenho vivido dias de angustia depois da violência em Blumenau.
Penso que estamos vivendo dos piores momentos da vida moderna.
Ninguém sabe explicar direito o que está acontecendo, nem o que fazer?
Não há respostas objetivas, e convincentes!
Governo do estado anunciou que vai colocar um policial armado em cada escola da rede pública.
Mas, e se amanhã atacarem numa igreja, e depois mais uma?
Vão colocar um policial em cada igreja?
E se depois atacarem postos de saúde?
Estão focando nas consequências, não nas causas.
Aumentar a dificuldade, e agir depois da tragédia, pode até excitar mais ainda a mente deste tipo de criminoso.
Ontem um amigo gastou um bom tempo comigo argumentando que a saída é a prisão perpétua para quem fizer o que foi feito em Blumenau, ou coisa semelhante.
Mas, isso não seria de novo atacar a consequência?
Sinceramente, não sei!
O que sei é que a superação de tudo isso não se dará atacando apenas a consequência, tem que agir nas causas.
E para isso tem que entender por quê?
A sociedade está doente?
Um ladrão, um assaltante, ou criminoso comum, faz escondido, mascarado, foge da polícia, tem medo de morrer.
Mas, estes malucos fazem lembrar os protagonistas do 11 de setembro nos Estados Unidos, que estavam determinados, queriam matar, e não tinham medo de nada, de ninguém, nem de morrer.
Eles sabiam que iam morrer!
O que fazer, enfim?
O pior de tudo é que não se vê saída!
Pelo menos até agora!
Em nenhum lugar do mundo.
As autoridades, acuadas, estão meio que no desespero tentando mostrar serviço.
Mas, muito no imediatismo, fazendo anúncios sem garantia de execução, e muito menos de eficácia.
O bandido de Blumenau tinha passagens pela polícia, e poderia estar preso, punido, mas estava solto.
Via de regra, os malucos que atacam e propagam a violência tem crimes passados.
Sociedade que não pune, vai ser punida.
O sentimento de Impunidade alimenta a violência.
Mas o bandido de Saudades não tinha passagens pela policia. Tinha folha limpa.
O que se vê hoje é todo mundo batendo cabeça, chutando regras, alternativas, ações.
Mas, como prega a filosofia de boteco, o buraco é mais embaixo, bem mais embaixo!
E as perguntam ficam martelando, alimentando a angustia:
Por quê?
O que fazer?