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... E o traseiro esmagado acabou com o jornal falado...

Por Aderbal Machado 22/10/2022 - 16:41 Atualizado em 22/10/2022 - 19:59

Bolinha – Carlos Eduardo Mendonça – quando trabalhou na Rádio Eldorado em Criciúma, fez um sucesso descomunal. Chegou arrasando como repórter esportivo: ia aos campos vestindo um agasalho coloridíssimo, cheio de bossa e fazia uma festa nas suas intervenções.

Simultaneamente, mostrou uma incomum verve como repórter político. E teve sorte, como todo bom profissional. Foi no tempo em que atuava por lá um famoso bandido chamado “Doutorzinho”, um bandido de classe média alta que se comprazia em se fazer passar por militares de alta patente e até médicos (ele foi estudante de medicina durante muitos semestres). Disseram, na época, que ele chegou a se passar por um coronel do Exército (estávamos no militarismo brabo) para abordar pessoas graúdas e assaltá-las. Nessa condição fez até sequestros de alto calibre.

Noutra ocasião, também disseram, se fez passar por médico em Turvo e lá teria até clinicado durante um tempo. Acompanhava-o um marginal feioso e perigoso cujo apelido (!!!) era “Chumbinho”. Na hora dos “atraques”, Doutorzinho fazia o papel do bom moço, educado e gentil, enquanto Chumbinho era o homem mau, o durão e frio (e era mesmo…).
Pois a Polícia saiu atrás dos dois por toda a região. Um dia, ambos apareceram mortos, enterrados nos cômoros da praia do Arroio do Silva, hoje município.

E quem fez a cobertura, num “furo” espetacular? O Bolinha. Imaginem a farra que ele fez, da forma espetaculosa que só ele sabia fazer. Ficou um mês deitando e rolando em cima do assunto, com informações exclusivíssimas todo dia.

Pois o Bolinha trabalhava na Rádio Eldorado e eu ainda não estava lá (entrei em 1970). Um dia, estavam o Antônio Luiz (gerente) e mais não sei quem apresentando o Jornal Falado do meio-dia. E Bolinha, no vidro da frente, junto ao operador de som, tentava fazer Antônio e seu companheiro rirem. E Antônio falou: “Não adianta, Bolinha, pode fazer a micagem que você quiser que nós não vamos rir.” E o Bolinha fez de tudo: balançou a barriga, espichou a boca, arregalou os olhos, revirou-os e nada. De repente, ele sumiu. Teria desistido?

Que nada. De repente, o Bolinha desceu a calça do agasalho (era de uma gordura imensa!!) ficou de costas para o Antônio e seu colega e esmagou o traseiro, apertando-o contra a divisória de vidro. Antônio perdeu a aposta. Rolaram a rir e o jornal acabou ali.

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