Faltam 352 dias para o início da Copa do Mundo no Catar
Com a desistência da Suécia que havia sido escolhida pela FIFA para sediar a segunda Copa do Mundo, a Itália que não teve sucesso em sua tentativa de organizar a primeira foi indicada para sediar o Mundial de 1934. A escolha foi marcada por interesses políticos.
O regime fascista subjugava o país e o ditador Benito Mussolini tinha como objetivo transformar a Copa do Mundo numa espécie de propaganda do regime. A influência do ditador na decisão da FIFA foi indiscutível e se impôs em diversos aspectos como, por exemplo, a escolha de diversos árbitros suspeitos nas partidas da anfitriã Itália.
O sueco Ivan Eklind que apitou a semifinal e a final teria se encontrado com Mussolini antes das partidas. Misteriosamente as decisões polêmicas sempre foram tomadas em favor da Itália (expulsões e gols anulados dos adversários). Alguns árbitros influenciaram tanto nos resultados da seleção italiana que foram expulsos de seus países, casos do suíço René Mercet e o belga Luis Baert.
O Uruguai recusou o convite para participar do torneio como retaliação aos europeus que boicotaram o 1º Mundial. Foi o único campeão mundial que não defendeu seu título na edição seguinte. A escolha da Itália não foi bem recebida pelos sul-americanos, tanto Argentina e Brasil, não mandaram à Itália seus principais jogadores.
A Inglaterra também ficou de fora, pois não reconhecia a Copa do Mundo como um torneio importante e seus dirigentes estavam mais empenhados em organizar um Campeonato Europeu de Seleções.
Com 34 inscrições foi necessária a disputa de eliminatórias para que fossem apuradas as 16 seleções que participassem da fase final do 2º Mundial.
Depois das eliminatórias com a desistência de vários países foram confirmadas as 16 seleções, tornando o evento quase em sua totalidade um torneio europeu, pois 12 seleções eram da Europa, duas da América do Sul, uma da América do Norte e uma da África.