A Holanda é um país inovador, à frente de seu tempo em muitos aspectos. Há poucos dias, o portal G1 mencionava a inexistência de cães de rua em Amsterdam, graças a um programa conjunto do governo e instituições de proteção aos animais. E segundo a matéria, o projeto existe há mais de 100 anos. E isso não é novidade. Mauricio de Nassau, nos 7 anos como governador-geral da colônia holandesa, no Nordeste brasileiro, introduziu grandes aperfeiçoamentos, melhorando as normas de higiene, incentivando o desenvolvimento científico e artístico e garantindo a liberdade religiosa. Aliás, o Museu Mauritshuis, em Haia, com importante acervo de arte, foi construído por ele. Pude comprovar na prática o pioneirismo do holandeses em uma viagem pela Europa no ano 2000. Depois de visitar o Louvre e o Uffizi onde adquiri reproduções e slides de obras-primas dos grandes pintores, me dirigi ao Rijksmuseum, em Amsterdam. Comprei uma reprodução da ”Ronda Noturna”, de Rembrandt e perguntei sobre a coleção de slides do museu. Me informaram que não existia. Argumentei que havia comprado em Paris e Florença e que estava surpreso por não encontrar em um museu tão conceituado. O atendente me olhou com ar superior e respondeu simplesmente: “old fashioned”. Realmente, os holandeses já estavam utilizando tecnologias que ainda não existiam ou eram incipientes em outros países. E ele tinha razão. Hoje as minhas reproduções estão guardadas no sótão e os slides e o projetor (os mais jovens não devem nem saber o que é isso) em um armário. Quem sabe um dia sirvam para uma apresentação “vintage”. Afinal, os discos de vinil não fazem sucesso hoje?