Os nossos antepassados emigraram para o Brasil em situação de grave penúria, motivados pela grande instabilidade política, religiosa e econômica. As lutas pela unificação da Itália, a perda do poder temporal da igreja e o desemprego, com o consequente empobrecimento da população, foram importantes fatores da imigração, principalmente no norte da Itália, situado no meio do teatro de operações do conflito contra o império austro-húngaro. Devemos ainda lembrar que a região do Trentino-Alto Ádige só foi anexada à Itália em 1918, após o fim da primeira guerra mundial. Aqui, I nostri antenati enfrentaram toda a sorte de problemas, transformando-se em autênticos desbravadores. Com a força de seus braços, a criatividade e a ousadia empresarial, forneceram o arcabouço para o enorme crescimento econômico e material de nossa região. A gastronomia, as danças folclóricas, o canto coral e a música instrumental contribuíram sobremaneira na preservação das tradições. Outras etnias também deixaram um forte legado, como a polonesa que juntamente com a italiana será homenageada na primeira série de três eventos sobre imigração elaborados pela Comissão Cultural da ACIC.
Assista, abaixo, o Grupo Folclórico Orzel Bialy:
Agora, o Grupo Folclórico Valsugana:
O Grupo Italiano Eco di Venessia. Assista ao vídeo:
Este importante legado, no entanto, não se fez acompanhar do desejado desenvolvimento de formas mais elaboradas de arte, em virtude das limitadas condições socioculturais de nossos colonizadores. Esta falta de harmonia no crescimento de nossa cidade persiste até hoje, bem evidenciada pela supremacia de valores transitórios e superficiais em detrimento de formas mais elevadas do pensamento humano. Por isso parabenizo a ACIC que há alguns anos vem incentivando e promovendo atividades culturais populares e eruditas, no intuito de aprimorar o conhecimento, permitindo o acesso a eventos só disponíveis nos grandes centros.