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As maravilhas dos Giros Alpinos

Por Benito Gorini 28/09/2023 - 07:30

Em 2016 um grupo de amigos organizou o giro de moto pelos alpes italianos, suíços e pelas montanhas que acompanham o vale do Reno, a Floresta Negra do lado Alemão e os Vosges na França. Apesar de estarmos no final de junho, início do verão europeu, e das paisagens magníficas, não tivemos muita sorte. Choveu o tempo todo com muito frio e neve nas montanhas. Toda a preparação e os equipamentos utilizados não foram suficientes para enfrentar dias seguidos de chuva e temperaturas abaixo de zero. Mas nos dois giros seguintes, na mesma época do ano, tudo mudou: sol e calor o tempo todo, com neve só nos passos alpinos.

Swiss Alps Tour no Passo dello Spluga – Junho de 2016
Amigos do Giro Alpino I em Limone sul Garda – Junho 2018
Os parceiros do Giro Alpino II no Grimsel Pass – Junho 2019

E agora no início de setembro fizemos o Giro Alpino III, organizado em parceria com a Linktur Turismo. Tempo bom, neve só no topo das montanhas mais altas.

Retiramos as motos em Milão e seguimos margeando o Lago de Como por vários túneis, até Tirano, onde tem início o Bernina Express, um dos melhores passeios de trem dos Alpes, com destino a St. Moritz, Davos ou Chur, a capital do maior cantão da Suíça, o Graubunden (Grisões em português). Seguimos pelo Passo del Bernina até Livigno, cidade livre de impostos e sempre repleta de turistas em busca de mercadorias a bom preço. Continuamos pelos passos Eira e Foscagno e nos hospedamos em Bormio, local dos Bagni Vecchi, termas da época do Império Romano.

Túneis ao lado do Lago de Como

Bagni Vecchi em Bormio, no Giro Alpino I

No dia seguinte subimos os 2.757 m do icônico Stelvio, o mais alto da Itália, com 88 curvas fechadas (tornanti em italiano). O passo, muito utilizado pelo Giro d´Italia, é um local de encontro de ciclistas, que chegam extenuados após enfrentarem a forte subida e as desafiadoras curvas. E na descida eles ultrapassam muitos carros e alguns motociclistas menos habilidosos. Continuamos pela medieval cidade de Glorenza, seguindo pelo Passo Resia, Innsbruck e Passo Gerlos até o hotel em Fusch.

O fantástico Passo dello Stelvio, o mais alto da Itália com suas 88 curvas I Crédito: Carlos Salvalaggio

O grupo do Giro Alpino III no lago artificial do Passo di Resia

No terceiro dia percorremos a Estrada Alpina Grossglockner (Grossglockner Hochalpenstrasse, em alemão), o mais alto passo asfaltado da Áustria e também a maior montanha, com 3.797 m de altitude. No Franz Josef Hohe, grande centro turístico com restaurantes, lojas e o Mirante Swarovski, encontra-se um museu de carros e motos. Descemos a montanha e almoçamos em Lienz, onde deixei a moto com problemas eletrônicos (as BMW também quebram). Felizmente os irmãos Menezes estavam com um carro de apoio e segui viagem com o Celso, amigo e colega de profissão. Conversamos muito sobre Criciúma e lembramos de antigas histórias, muitas impublicáveis. Até chegarmos ao nosso hotel em Canazei passamos por Cortina d’Ampezzo e os passos Giau e Fedaia, local de cenas do filme Italian Job.

O acesso ao Edelweiss sptize, o ponto mais alto da Estrada Alpina do Grossglockner I Crédito: Mazinho Rocha

Na semana que vem, continuação da viagem.

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