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Brasil favorito

Por Benito Gorini 24/11/2022 - 07:00

Como todo bom brasileiro, “entendido” de futebol, vou também dar os meus “pitacos” sobre a Copa do Mundo no Catar, embora o assunto poderia ser melhor desenvolvido por João Nassif, no seu blog com excelentes artigos sobre as copas. Mas vamos lá. 

Almanaque das Copas, do mestre João Nassif 

O Brasil é o favorito nesta copa e pelo retrospecto, em vez de ser um dado positivo, é preocupante. Em várias ocasiões em que entramos como favoritos não levantamos o caneco. Em 1950, o gol de Ghiggia calou os 200 mil torcedores que lotavam o Maracanã, na derrota de 2x1 para o Uruguai. Em 66, depois do brilhante bicampeonato de 62, apesar da presença do rei Pelé (que acabou contundido), a campanha foi um vexame. A seleção de Telê Santana encantou o mundo em 82, mas a Itália de Paolo Rossi nos mandou mais cedo para casa. O mesmo ocorreu na final contra a França em 98, com atuação brilhante de Zidane e a convulsão de Ronaldo, até hoje não bem esclarecida. E o pior aconteceu em 2014, com a humilhante goleada sofrida contra a Alemanha.

Em outras ocasiões, o nosso time não era favorito e, no entanto, conquistamos o título. Em 70, a seleção sob o comando de João Saldanha  foi jogar em Porto Alegre e hospedou-se no Hotel Everest, ao lado do viaduto da rua Duque de Caxias. Eu morava bem perto do hotel e acompanhei toda a movimentação da seleção, que levou um passeio e perdeu de 2x0 para a Argentina no Beira Rio, inaugurado em 1969. Apesar da vitória na revanche no Maracanã, o treinador foi demitido. Zagalo assumiu e modificou totalmente o sistema de jogo da seleção, colocando os melhores jogadores, mas fora de posição. Piazza passou para quarto-zagueiro, Clodoaldo assumiu a titularidade no meio-campo e Rivelino atuou como falso ponta-esquerda. Felizmente deu certo e a seleção é considerada  a melhor de todos os tempos. Lembro até hoje das manchetes nos jornais italianos: “Abbiamo ceduto solo al grande Brasile”.

O gol de Carlos Alberto na goleada de 4x1 sobre a Itália l Vídeo: JP News

Em 94, não tínhamos uma grande seleção mas a garra e liderança de Dunga, somadas ao brilho de Romário e Bebeto,levaram à conquista do quarto título. Talvez tenha contribuído o fato de Airton Senna ter dado o pontapé inicial em um jogo da seleção no Parc des Princes. Em 1 de maio, 11 dias depois do jogo, aconteceria o acidente fatal em Ímola. O grupo se uniu e prometeu ganhar a copa em homenagem ao nosso maior piloto de F1. 

A homenagem a Airton Senna na conquista do tetracampeonato l Vídeo : Rede Globo

E o mesmo se deu em 2002, com a seleção de Felipão desacreditada. Entre as favoritas, a França caiu na primeira fase e a Itália na segunda. E a Alemanha, com o grande goleiro Oliver Kahn, sucumbiu ao futebol de Ronaldo Fenômeno. A “Família Scolari” superou as dificuldades e conquistamos o pentacampeonato. 

Kahn, o melhor jogador da Copa 2002, bateu roupa e o Fenômeno não perdoou l Vídeo: Rede Globo

E como Deus é brasileiro, vamos torcer para tudo dar certo desta vez. O meu medo é que o Papa é argentino e o E.T. Messi está em grande fase.

P.S. O texto estava pronto antes do jogo da Argentina. Os hermanos perderam e Messi jogou mal. Viva.

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