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Gundo Steiner e a ACLe

Por Benito Gorini 11/06/2024 - 06:36

Procurando material para a exposição “Acic 80 anos” – que ocorrerá na próxima semana na sede da entidade – aproveitei para selecionar alguns livros para releitura. Entre eles   “Crônicas”, de Gundo Steiner, um compêndio de textos publicados entre 1965 e 2000, selecionados pelo autor e revisados por Nei Manique.  

No dia 19 de setembro de 2003 muita felicidade por comemorar os meus 50 anos junto aos familiares. Mas, ao mesmo tempo, grande tristeza pelo falecimento de Gundo Steiner, aos 60 anos de idade. Brilhante advogado de nossa cidade, era natural de Forquilhinha,  que gerou – entre outros -  eminentes personalidades do nosso país, como os irmãos Dom Paulo Evaristo e Zilda Arns, por sinal parentes de Gundo. Destacou-se em diversas atividades e setores do conhecimento humano, como atleta, poeta, escritor, presidente da OAB de Criciúma e primeiro Presidente da Academia Criciumense de Letras, entre outros. Tive a honra e o prazer de conviver com Gundo nos encontros semanais no Restaurante Don Nilton, dos saudosos Nilton Gaidzinski e esposa. Embora não fizesse parte do seu seleto grupo de amizades, eu me considerava um amigo, pela gentileza e respeito com que recebia um aspirante às letras. Sempre me convidava para sentar à sua mesa com um asseyez vous, embora creio que preferisse o idioma alemão, utilizado em muitos artigos do seu livro.  Os elogios de alguém já consagrado nos meios literários aos meus artigos nos extintos Jornal da Manhã e Tribuna do Dia, me incentivavam, mas, ao mesmo tempo, exigiam um cuidado redobrado, pois Gundo, com sua maior experiência, também sabia ser crítico. Por mais de uma vez sugeriu o meu ingresso na ACLe. Argumentei que me sentia muito honrado com o convite, mas que não me julgava merecedor porque até então não havia escrito nenhum livro. Ele contra argumentava dizendo que este detalhe não era uma condição sine qua non para a admissão na academia.  Mas o tempo foi passando até a triste notícia de sua morte. Pensei então em me candidatar a sua vaga na ACLe, com a grande honra que teria em substituir figura de tamanha envergadura. Mas os acadêmicos preferiram um outro candidato e eu recusei convites futuros. O que pretendia era ingressar na cadeira 12, deixada vaga por Gundo. Como não foi possível, esqueci do assunto. Mas continuo a escrever, esperando que lá do alto me venha a inspiração para bons textos. Como os artigos produzidos por Gundo nas suas “Crônicas” obra de refinado humor e boutades inteligentes, que já acabei de reler. 

 Capa do livro Crônicas, de Gundo Steiner     I    Crédito: Tadeu D´Agostin e Doris Becke Machado Freitas
Contracapa do livro Crônica, de Gundo Steiner, com texto de Sérgio da Costa Ramos    I    Crédito: Tadeu D´Agostin e Doris Becke Machado Freita

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