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O campo e São Marcos

Por Benito Gorini 10/12/2024 - 14:14 Atualizado em 10/12/2024 - 15:34

Sobre um terreno irregular, no ponto de encontro de três colinas, foi construída no século XII em Siena a Piazza del Campo, ou simplesmente O Campo. Apresenta o formato de uma concha dividida em 9 setores, circundada por palácios medievais e com a monumental Fonte Gaia, ornada de estátuas, ocupando o lado mais alto da praça. Do lado oposto à fonte ergue-se o Palácio Público e a Torre del Mangia, com 90 m de altura. No interior do palácio encontram-se os enormes e preciosos afrescos “O Bom e o Mau Governo”, de Ambrogio Lorenzetti. Ao lado do palácio foi construída a Capela da Praça, para cumprir uma promessa feita por ocasião da terrível Peste Negra. Dos 80.000 habitantes restaram apenas 15.000. A doença propagou-se com grande intensidade na cidade medieval, em virtude da proximidade das construções e das muralhas que circundavam o centro histórico. Ambrogio e seu irmão Pietro Lorenzetti, também pintor de renome, morreram em 1348, no início da peste. 

A canonização de Santa Catarina de Siena, a padroeira da Itália, ocorreu no Campo em 1461, com grandes festas e a realização de um Pálio, tradicional corrida de cavalos que desde a idade média é realizada na praça. O Pálio de 1867 foi dedicado a Giuseppe Garibaldi, o herói dos dois mundos. A Unificação da Itália, obtida em 1861, só foi consumada com a queda de Roma, em poder da igreja, em 1870.

Piazza del Campo, em Siena I Fonte: Livro Piazze, Teatri & Caffè d´Europa
A Fonte Gaia na Praça do Campo I Foto: Fernanda e Darlan Thomazi

 

A Praça São Marcos, vista de um vaporetto navegando pelo canal da Giudecca, em frente à ilha de San Giorgio Maggiore, é uma experiência que jamais será esquecida. A República Marítima de Veneza, “La Sereníssima”, tem fascinado a todos que tiveram o privilégio de conhecê-la. A Basílica de São Marcos, com suas cúpulas bizantinas incrustadas com mosaicos de ouro, o Palácio Ducal, com magníficos salões repletos de pinturas dos grandes mestres do “cinquecento”, e a bela vista do alto do Campanário, são atrações imperdíveis. Napoleão iniciou a construção da Ala Napoleônica no local e referia-se à Praça São Marcos como “a mais bela sala de visitas da Europa”. Com o retorno do domínio austríaco a ala foi concluída, tornando-se a residência oficial dos Habsburgos. Em 1922 o Museu Correr foi instalado no local, oferendo aos visitantes a oportunidade de conhecer a Arte e História de Veneza e os aposentos reais, onde residiram o Imperador Francisco José e sua esposa Elisabeth da Baviera. A Imperatriz ficou mais conhecida como Sissi e foi imortalizada na trilogia que levou seu nome, estrelada por Romy Schneider.

Os austríacos dominaram Veneza por muito tempo. Na praça existem dois cafés famosos, o Florian, frequentado pelos invasores, e o Quadri, reduto dos venezianos.

Palácio Ducal e Campanário vistos de um vaporeto no Canal da Giudecca I Foto: Arquivo pessoal
A Acqua Alta na Praça São Marcos I Foto: Andrea Chaves Borges
A Praça São Marcos vista do Museu Correr I Foto: Maria Sá Staub

 

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