Queridos leitores!
Na semana passada eu assisti na Netflix à novíssima série documental britânica “Blood, Sex and Royalty”, que conta a história da polêmica Rainha Ana Bolena, segunda esposa do Rei Henrique VIII, da Inglaterra.
Ana Bolena é minha “amiga” desde a sétima série, quando aprendi sobre ela nas aulas de história. Difícil esquecer essa mulher incrível.
E desde então assisti a alguns filmes e li alguns livros a respeito de sua história. Recomendo o livro “A Herança de Ana Bolena” e o filme “A Outra”. São imperdíveis, a exemplo dessa nova série de 2022 (Blood, Sex and Royalty), com apenas 3 capítulos.
Como sabemos, o Rei Henrique VIII governava a Inglaterra, por volta do ano de 1500, e era casado com Catarina de Aragão.
Henrique VIII queria desesperadamente um filho homem, para continuar o seu legado, filho esse que a Rainha Catarina não conseguiu lhe dar.
Por sua vez, Ana Bolena, educada na França, era uma moça admirável. Tinha gostos refinados, era inteligente, gostava de ler, era culta e muito bem informada. Sabia conversar sobre qualquer assunto. Era diferente das moças da época. Estava à frente de seu tempo.
Assim, em 1522, com 21 anos, minha amiga Ana saiu da França, retornando para a Inglaterra, para a corte de Henrique VIII.
Sua beleza e inteligência chamaram a atenção de vários admiradores, dentre eles o próprio Rei Henrique, que se apaixonou por ela.
Mas havia um problema: Henrique VIII era casado, já tinha uma Rainha.
Então, o Rei fez uma proposta praticamente irrecusável para Ana: Ela seria sua única amante, amante oficial, e teria muito prestígio e poder na Inglaterra. Sua família seria beneficiada com riquezas, patrimônio e títulos de nobreza. Estaria Ana Bolena com a vida “ganha”.
No entanto, contrariando todas as expectativas, Ana Bolena disse NÃO ao Rei.
Ana foi firme: apesar de estar apaixonada por Henrique, ela não ficaria com um homem casado, sob hipótese alguma. Seu pai ficou furioso com a negativa da filha.
Já Henrique VIII, no auge da paixão, pediu ao Papa a anulação de seu casamento com Catarina de Aragão, para poder se casar com Ana Bolena. O Papa, contudo, foi categórico e disse não.
Henrique então fez o inimaginável: Rompeu com a Igreja Católica, fundou a Igreja Anglicana (até hoje a igreja oficial da Inglaterra) e anulou seu casamento com Catarina, casando-se com Ana Bolena.
ANA BOLENA ERA AGORA RAINHA DA INGLATERRA.
Em seguida Ana Bolena engravidou, mas para desapontamento do Rei, ela deu à luz a uma menininha, chamada Elizabeth. Novamente Henrique não tinha o filho homem que tanto queria.
Ana Bolena engravidou novamente, mas perdeu o bebê (era um menino).
Três anos se passaram e Ana não conseguiu ter outro filho.
O Rei, que era um tirano, começou a se cansar de Ana Bolena (pelo fato dela não ter concebido um filho homem para lhe suceder), acusando-a de traição, sem provas. Ato contínuo, manipulou o julgamento que condenou a Rainha Ana à morte, por decapitação.
Em 19 de maio de 1536 Ana Bolena foi executada na Torre de Londres. Foi decapitada com uma espada (e não um machado), pois era uma Rainha, e não abaixava a cabeça para ninguém.
Ironicamente, sua filha foi a lendária Rainha ELIZABETH I, assumindo o trono da Inglaterra em 1558. Ela reinou por 44 anos, nunca se casou e nunca teve filhos. O seu reinado foi o mais próspero da Dinastia Tudor, conhecido como a “Era de Ouro”. Só podia mesmo ser a filha da Ana Bolena.
O que aprendi com Ana Bolena? Aprendi que devemos ser corajosos e fiéis aos nossos princípios, fazendo aquilo que julgamos certo.
Gostaram a história queridos leitores? Contem pra nós!!!
Abraços e até semana que vem.