A pauta de hoje foi definida por um leitor. E eu achei ótima...
Sugeriu ele: “Tempo de Recomeçar: Como detectar os sinais de que nossas escolhas não estão nos fazendo felizes? Existe cedo, ou tarde demais, para recomeçar?”
Hum, tema complexo, não?
Particularmente, penso que sempre é possível recomeçar, por mais longe que você tenha ido. E isso vale para todas as questões da vida: família, amizades, trabalho, amores...
Obviamente, nem todos os recomeços são voluntários. Alguns são forçados por situações adversas.
Por exemplo: uma ruptura amorosa que você não deu causa ou a perda de um trabalho.
Nesses casos, eu acho até mais fácil, porque você será obrigado a reagir, a se reinventar, a mudar, a recomeçar.... o reinício é obrigatório, seguir em frente é uma condição para se manter vivo.
E, na maioria das vezes, algo melhor virá, pois o Universo é sábio e sempre vai conspirar para o seu crescimento pessoal, ainda que naquele momento tudo pareça estar desabando. Eu acredito firmemente nisso.
Então, o grande problema que eu vejo é o recomeço voluntário, por livre e espontânea vontade.
Como saber se é hora de sair da zona de conforto, de arriscar-se, de ter outra vida, de experimentar o novo?
Partindo dessa premissa, vamos pensar em relacionamentos. Relacionamentos amorosos, que é o que todos queremos, em alguma fase da vida. Então, quando recomeçar e buscar a felicidade no amor?
E, no ponto, é claro que existem relacionamentos, novos e antigos, cuja chama da paixão permanece acesa, em que o amor é vívido, intenso e resplandecente.... Para esses, esse texto não se aplica.
Estamos analisando outro tipo de relacionamento. Aquele que é conveniente, confortável e seguro. Que supre as suas necessidades. Aquele que não é bom...mas também não é ruim...
Ora, você conhece a pessoa, está acostumado com ela. Não existe arroubos de paixão, nem muito amor, mas também não há sofrimento... Está tudo bem, vocês são companheiros, têm amigos em comum, você é “mais ou menos” feliz...pelo menos não é triste... e tudo certo... Daí você se conforma, porque lá fora é bem pior...
Será mesmo? Será que está tudo bem em aceitar o “mais ou menos”?
Obviamente, tudo depende da personalidade (e desejo) de cada um.
Há quem prefira o conforto dessa vida previsível, sem riscos, nem surpresas más (boas também não).
Há, porém, quem queira mais.
Desse modo, acredito que a chave para saber se é hora de mudanças, é identificar o que você deseja.
Assim, acaso você deseje viver outra situação, a questão é ter coragem para mudar.
E aí está o pulo do gato: CORAGEM. E a coragem é guiada pelo desejo que está em seu coração. Ou seja, é uma ação levada pelo coração. Não é uma ação levada pela razão.
Por isso é tão difícil, para alguns até impossível, pois o desejo de mudança deve estar acima da razão. E desafiar a razão é muito perigoso, eu sei... Nem vou enumerar os riscos decorrentes dessa decisão...
Enfim, sabemos que não é confortável recomeçar. Mas uma coisa é certa: você vai viver....
Por isso, se é o que você quer, vá... e vá sem medo... ou vá com medo mesmo...Tanto faz. Mas tenha responsabilidade sobre seus atos.
Aliás, já dizia Nelson Mandela: “A coragem não é a ausência do medo, mas o triunfo sobre ele”.
Concordam? Contem pra nós!
Abraços e até semana que vem.