E novamente a pauta de hoje foi definida por uma leitora.
Enviou ela, via direct no Instagram: “Gostaria que você opinasse sobre relacionamentos à distância em sua coluna no 4oito, sejam eles por pessoas que se conhecem por intermédio da internet, do trabalho, etc. Adoro suas publicações”.
Puxa, que legal! Eu é que adoro esse feedback e agradeço imensamente a interação, principalmente quando assuntos tão interessantes são sugeridos.
Então vamos lá.
Penso que relacionamentos à distância são sempre um grande desafio, independente de como tenham iniciado (seja pela internet, trabalho, viagens ou por amigos em comum).
Para alguns pode funcionar, para outros não. Isso porque cada um vive uma realidade, uma história, as pessoas agem e reagem de forma diversa.
Desse modo, tudo vai depender de como o casal vai administrar a ausência e as limitações provocadas pela distância.
Mas uma coisa é certa: o que vai definir o sucesso, ou o insucesso da relação, é a DISPOSIÇÃO.
Ambos devem estar dispostos a ter esse relacionamento. Precisam querer. E muito.
Afinal, um namoro à distância requer uma logística e um planejamento de encontros, para que a ausência física seja mitigada. Ou seja, viagens semanais, quinzenais, mensais ou bimestrais, tudo a depender da quilometragem a percorrer e da disponibilidade (financeira e de tempo) de cada um.
É claro que a tecnologia ajuda bastante. É possível (e recomendado) conversar todos os dias por chamada de vídeo, para criar laços, intimidade e ligações emocionais.
Ainda, é fundamental a existência de parceria, respeito mútuo e confiança, para que seja possível lidar com os ciúmes e a solidão. Ou seja, mesmo à distância, os momentos devem ser divididos, para que o sentimento tenha base e se solidifique.
Por isso, tenho pra mim que relações desse tipo são mais felizes se as partes forem mais maduras e já estabilizadas, pois saberão, ao menos em tese, suportar melhor as dificuldades da ausência diária.
Aliás, essa distância/ausência deve ter um prazo, um limite para terminar. O casal deve conversar para que um dia, em certo momento, um dos dois possa se adaptar à rotina do outro, desta feita presencialmente. Até porque dificilmente alguém vai aguentar passar o resto de sua vida vivendo de encontros virtuais, com apenas encontros físicos esporádicos.
Enfim, a relação deve ser sempre avaliada e reavaliada, a saber: 1) Existem planos futuros? 2) Estamos perdendo tempo e nos desgastando? 3) Há previsão de mudanças, para que essa distância física seja um dia diminuída ou superada? 4) Está fazendo sentido? 5) Há reciprocidade de sentimentos e de empenho?
Dito isso, todos sabemos que o amor não se explica. Quando se ama, dá-se um jeito. Então, um relacionamento à distância pode valer a pena sim.
Concordam? Contem pra nós.
Abraços e até semana que vem.