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DEIXE AQUI SEU PALPITE PARA O JOGO DO CRICIÚMA!
* as opiniões expressas neste espaço não representam, necessariamente, a opinião do 4oito
Por João Nassif 23/10/2020 - 09:08

A revista France Football agora em 2020 não entregará a Bola de Ouro pela primeira vez em 64 anos. A pandemia bagunçou toda a temporada do futebol e complicou a realização de eventos com a presença de público.

Mesmo assim este ano não passará em branco e a revista programou para dezembro o anúncio do time dos sonhos com votos de 170 jornalistas escolhidos ao redor do planeta. 

Samuel Eto'o

A France Football vem anunciando nos últimos dias os indicados em cada posição e a revista montou um time no esquema 3-4-3, com um lateral direito, um esquerdo, um zagueiro central, dois volantes, dois meias-atacantes, um ponteiro direito, um esquerdo e um centroavante.

Para conseguir encaixar os principais jogadores da história, a revista deu uma pirueta e anunciou, por exemplo, Lionel Messi como ponteiro direito onde jogou no começo da carreira e Cristiano Ronaldo, pelo mesmo motivo, foi anunciado com ponta esquerda.

A bronca foi geral, inclusive de Samuel Eto’o, o camaronês que foi colocado como ponta direita que ficou indignado por ter sido um dos melhores centroavantes de usa geração. Eto’o xingou no Twitter afirmando ser uma falta de respeito.  

Mas, enfim, a lista está pronta e o colégio eleitoral já vai encaminhando seus votos para que em dezembro tenhamos o anúncio final do time dos sonhos de todos os tempos.

A partir de amanhã vou divulgando os jogadores que foram selecionados pela revista e as posições de cada um, mesmo com algumas distorções. 
 

Por João Nassif 22/10/2020 - 09:17

Conforme foi combinado hoje é dia de falar sobre o segundo ciclo do técnico Telê Santana no comando da seleção brasileira.

Telê foi demitido logo após a eliminação pela Itália na Copa do Mundo de 1982, sendo substituído por Carlos Alberto Parreira que durou pouco no cargo. Mais rápida ainda foi a passagem de Evaristo de Macedo que havia sido contratado para substituir Parreira e ficou no comando menos de um mês.

Legenda

As eliminatórias para o Mundial de 1986 estavam próximas e a solução encontrada pela direção da CBF foi chamar novamente Telê Santana que teve apenas duas semanas para preparar a equipe para disputar a vaga para a Copa do Mundo.

Numa chave com Bolívia e Paraguai a seleção brasileira se classificou com duas vitórias por 2x0 fora do Brasil e empatou duas vezes em 1x1 jogando com o Paraguai no Maracanã e com a Bolívia no Morumbi.

Depois de vários amistosos preparatórios para a Copa do Mundo no dia 01 de junho o Brasil estreou no Mundial vencendo a Espanha por 1x0. Fechou a primeira fase invicta com vitórias sobre a Argélia por 1x0 e sobre a Irlanda do Norte por 3x0.

Venceu a Polônia por 4x0 nas oitavas de final e foi eliminada pela França nas quartas de final na decisão por pênaltis depois de empatar 1x1 no tempo normal e prorrogação. 

Neste jogo Zico perdeu um pênalti ainda no segundo tempo do tempo regulamentar.

Com esta nova derrota em Copa do Mundo Telê foi novamente demitido e em seu lugar entrou Carlos Alberto Silva.
 
 

Por João Nassif 21/10/2020 - 09:03

O ex-técnico Telê Santana trabalhou no comando da seleção brasileira em duas oportunidades e em ambas dirigiu o time em Copas do Mundo.

Seu primeiro ciclo começou em abril de 1980 substituindo Cláudio Coutinho que terminou invicto o Mundial de 1978 e continuou no cargo até outubro do ano seguinte.

Telê Santana

Telê fez seu primeiro jogo como técnico da seleção principal do Brasil vencendo por 7x1 uma partida amistosa contra uma seleção brasileira de novos, começando os trabalhos visando as eliminatórias para o Mundial da Espanha.

Depois de vários amistosos e ficar em segundo lugar no Mundialito do Uruguai, Telê finalmente comandou o time numa competição oficial, as eliminatórias de 1981 para a Copa de 1982.

Contra a Venezuela e Bolívia foram quatro vitórias em quatro jogos e o passaporte foi carimbado para a Espanha.

Ainda em 1981 a seleção percorreu os principais centros do futebol europeu e venceu na sequência amistosos contra Inglaterra, França, Alemanha Ocidental e Espanha, este jogo foi na Fonte Nova em Salvador.

Mais alguns amistosos pelo país até a estreia na Copa do Mundo no dia 14 de junho de 1982 com vitória sobre a União Soviética por 2x1. Depois de uma fase de grupo com três vitórias, na segunda fase uma vitória sobre a Argentina e logo em seguida a tragédia do Sarriá que causou a desclassificação da seleção favorita para vencer o Mundial.  

Com a perda da Copa Telê foi demitido e substituído por Carlos Alberto Parreira.

Amanhã aqui neste espaço foi relatar o segundo ciclo de Telê Santana como técnico da seleção brasileira,   
 

Por João Nassif 20/10/2020 - 09:08

O sonho de todo garoto que começa nas escolinhas de futebol é chegar ao profissional e preferencialmente atuar nas grandes Ligas europeias, a forma mais rápida de consolidar econômica e financeiramente sua vida e de sua família.

Nem todos conseguem tornar este sonho em realidade, mas vários chegaram ao topo, principalmente contratados pelos clubes que hoje compõe a Premier League, a primeira divisão do futebol inglês. Os brasileiros, garotos sonhadores que alcançaram seus objetivos são muitos e alguns de forma destacada.

Mirandinha

O primeiro brasileiro a jogar na Inglaterra foi solitário atacante Mirandinha no início dos anos 1990 ainda na era anterior à Premier League.

De lá para cá, ano após ano o contingente de brasileiros foi aumentando a até agora mais de 90 jogadores nascidos no Brasil atuaram em ao menos uma partida pelo campeonato inglês da primeira divisão. Alguns nascidos aqui optaram por outra nacionalidade na carreira internacional.

Nesta temporada, todos os seis principais clubes da Premier League, o chamado TOP-6 têm ao menos um jogador brasileiro em seus planteis.
Roberto Firmino no atual campeão Liverpool. Fernadinho no Manchester City, Thiago Silva no Chelsea, Fred no Manchester United, Martinelli no Arsenal e Lucas Moura no Tottenham.

Fora do TOP-6, Richarlison, jogador da seleção brasileira é destaque no Everton.
 
 

Por João Nassif 19/10/2020 - 18:22 Atualizado em 21/10/2020 - 18:21

Li e gostei, por isso publico, uma verdadeira aula a todos os repórteres/perguntadores do Brasil.  Vale para todos, sem exceção. Repórteres de vários segmentos principalmente, esportivos e políticos.  
 

Espero que tenham lido com atenção e sigam os ensinamentos do mestre Ruy Castro.

Tags: Ruy Castro

Por João Nassif 19/10/2020 - 11:31

A competição de futebol mais antiga que se tem notícia na América do Sul foi disputada pela primeira vez em 1900 e reuniu times da Associação Argentina com sede em Buenos Aires, times de Rosário Central também na Argentina e times da Associação Uruguaia de Futebol.

Alumni Athletic Club

O torneio foi chamado de Competição do Tie-Cup – Primeira Divisão e o troféu uma doação de Mr. Francis Boutell presidente da Associação Argentina de Futebol no ano de estreia do torneio.

O torneio foi disputado até 1919, à exceção de 1910 e o maior vencedor foi Alumni Athletic Club de Buenos Aires que foi fundado em 1898 e extinto 15 anos depois.

O primeiro título do Alumni foi conquistado na segunda edição do torneio em 1901, foi novamente campeão dois anos depois e a partir de 1906 iniciou uma série de quatro títulos, chegando ao tetra campeonato em 1909.

O torneio teve 19 edições e os argentinos foram 13 vezes campeões. Além do Alumni o Rosário venceu três vezes, Belgrano, Boca Juniors, River Plate e San Isidro ganharam uma vez cada um.

Os uruguaios foram seis vezes campeões. O Montevideo Wanderers venceu três, o Nacional duas e o Peñarol apenas uma vez.  
 

Por João Nassif 19/10/2020 - 07:04

Mantendo a tradição de mais perder do que vencer fora de casa o Criciúma foi derrotado pela quarta vez seguida na série C, ontem em Varginha pelo Boa, lanterna da competição.

Foto: 4oito

É uma mania que se repete ao longo de sua história, seja para times que lideram as competições como para outros que se afundam na zona do rebaixamento. Para o Criciúma tanto faz que seja perder como visitante para o líder, neste campeonato o Brusque como para o Boa, último colocado.

A troca de técnico, necessária numa tentativa de criar um fato novo pelo mau futebol jogado em toda temporada ainda não surtiu o efeito esperado. É pouco tempo, são menos de 10 dias e dois jogos desde a contratação de Itamar Schülle, mas era esperada uma melhora no rendimento, uma forma diferente de jogar o que não aconteceu.

Os erros são os mesmos, time com imensas dificuldades em chegar ao gol, meio campo que não consegue construir, dependência da bola parada e/ou erros dos adversários e mais recente, erros defensivos imperdoáveis.

O técnico tem agora uma semana cheia para trabalhar e fazer com que haja uma reviravolta radical no comportamento do time, pois o próximo jogo será também fora de casa contra o São Bento, o novo lanterna da série C.
 

Por João Nassif 18/10/2020 - 09:19

A Copa Africana de Nações envolve a cada dois anos os 54 países filiados à Confederação Africana de Futebol e tem sua fase final disputada num único país desde sua primeira edição em 1957.

Camarões em festa

A sede no torneio de estreia foi o Sudão e contou com apenas três participantes. A África do Sul seria a quarta seleção no torneio, mas foi desqualificada em virtude à política do apartheid do governo na época. O campeão foi o Egito.

Egito que irá sediar a 31ª edição é o maior vencedor da Copa com sete títulos conquistados. Camarões com cinco títulos e Gana com quatro são depois do Egito as seleções que mais venceram o torneio.

Para esta 31ª edição, seis seleções jogaram uma pré-classificação, classificando-se três para a disputa das eliminatórias que foram compostas por 12 grupos com quatro seleções em cada um, pois o Egito como anfitrião já estava classificado. Mesmo assim participou da fase de classificação ficando em segundo lugar em seu grupo.

A fase final será disputada por 24 seleções que formarão seis grupos na primeira fase. O torneio terá início no dia 21 de junho e a final está marcada para 19 de julho.
 

Por João Nassif 17/10/2020 - 09:21

Entre o final de 1980 e o início de 1981 foi disputado em Montevideo no Uruguai a Copa de Ouro dos Campeões Mundiais, conhecido como Mundialito.

Até então seis seleções haviam conquistado a Copa do Mundo e todas, à exceção da Inglaterra que desistiu de participar estiveram presentes. No lugar dos ingleses foi convidada a Holanda que havia sido vice-campeã nos dois Mundiais anteriores. 

Festa uruguaia em Montevidéo

Foram formados dois grupos com três seleções em cada um e os primeiros colocados foram para a decisão.

No grupo A o Uruguai terminou em primeiro com duas vitórias sobre Itália e Holanda, ambas por 2x0. Italianos e holandeses empataram seu jogo em 1x1.

No grupo B o Brasil terminou em primeiro pelo maior saldo de gols contra a Argentina que ficou em segundo. A Alemanha Ocidental foi a terceira colocada com duas derrotas, para o Brasil por 4x1 e para a Argentina por 2x1. Brasileiros e argentinos empataram em 1x1.

Na decisão perante mais de 71 mil torcedores no Estádio Centenário os donos da casa derrotaram a seleção brasileira por 2x1 e garantiram o título da única Copa Ouro dos Campeões Mundiais disputada em toda história.
 

Por João Nassif 16/10/2020 - 16:56

Convivi por quase uma década com Celestino Valenzuela que hoje nos deixou aos 92 anos. Narrador raiz, homem de rádio e televisão deixou uma linda história na comunicação do Rio Grande do Sul.

Celestino Valenzuela

Tive a honra de dividir com o Celestino a bancada do quadro de esportes da TV Gaúcha e muitos e muitos jogos que no final da década de 1970 e até meados da década seguinte a TV transmitia ao vivo.

Fizemos vários jogos dos campeonatos gaúchos, campeonatos nacionais e principalmente da Libertadores que até hoje são reprisados. Fizemos também a final do Mundial de 1983 quando o Grêmio foi  campeão.

Se foi mais um amigo e só posso desejar que descanse em paz e muita força para seus familiares. Celestino além de tudo foi um grande pescador de miraguaia.
 

Por João Nassif 16/10/2020 - 16:18

Thiago Ávila *

Jeff Giassi, natural de Criciúma, encerrou neste final de semana sua participação no Porsche Tag Heuer Esports Supercup, o campeonato mundial de corridas virtuais, no simulador, da montadora alemã. Na etapa de Monza, neste sábado, Giassi largou em nono, com tempo muito próximo dos oito primeiros – que garante inversão de posições na primeira corrida – e depois de uma boa largada, terminou em sétimo na bateria 1.

Na segunda prova, vinha se mantendo em nono e muito próximo dos líderes, até sofrer um toque de Max Benecke, que o jogou para o fim do pelotão. Mesmo com o resultado ruim da última prova, Jeff conseguiu terminar em 10º, cinco pontos a frente do americano Mitchell deJong e conquistou a premiação de seis mil dólares.

Mas o campeonato do brasileiro não se resumiu apenas aos seus últimos resultados ruins. Jeff começou sua temporada de estreia com o segundo melhor tempo na sessão de classificação, em Zandvoort. Depois engrenou uma série de sete top-10 na Catalunha, Donington Park, Silverstone, e incluindo seu melhor resultado em Road Atlanta, o quinto lugar. Na reta final da temporada enfrentou diversos problemas, tanto de leves falhas na classificação, quanto de toques que o tiraram da prova. O sétimo lugar em Monza ainda salvou o top-10 do piloto.

Jeff Giassi na Tag Heurer Esports

Jeff foi o terceiro brasileiro a conseguir ficar entre os dez primeiros em um campeonato do iRacing. O primeiro havia sido Hugo Luis, considerado uma das principais referências brasileiras nos simuladores, que conquistou o título mundial em 2011, na época em que a disputa era em carros de Formula 1. O outro foi Mogar Filho, que conseguiu o mesmo décimo lugar de Giassi em 2013.

Conversamos com o piloto e destrinchamos sua temporada de estreia. Também descobrimos que o catarinense tem ambições para disputar a temporada completa da Porsche Carrera Cup com carros reais, saindo do simulador. O primeiro grande desafio de Giassi nos carros de GT3 vai ser dia 6 de dezembro, nos 500 km de Interlagos.

THIAGO ÁVILA: Como foi o seu desempenho durante a competição? Você começou bem, foi mantendo a regularidade, teve uma leve queda no final e ainda conseguiu terminar no top-10.
JEFF GIASSI: O campeonato foi cheio de altos e baixos, toda vez que eu ia para uma corrida, estava indo para algo totalmente inesperado. A diferença de ritmo entre o meu ritmo e o líder do campeonato, que acabou sendo campeão, o Sebastian Job, foi praticamente o mesmo o campeonato inteiro. Por essa diferença ser muito parecida de uma pista para outra, eu sempre chegava pronto para uma surpresa na corrida, porque o ritmo de todos eram muito parecidos. Logo na estreia consegui um segundo lugar na tomada de tempo, e depois na corrida seguinte eu errei só um pouquinho no qualy e acabei caindo para 18º. Então comecei a sentir que o mundial, logo nas primeiras etapas, que para os resultados surtirem efeitos eram nos mínimos detalhes. No meio do campeonato tive um pouco de queda de performance, mais pelo fator sorte, às vezes você erra um pouco no qualy e já perde dez posições, ou como aconteceu em Le Mans, que fomos tirados da corrida, mas senti que o tempo de volta ia melhorando cada vez mais. Chegamos agora e terminamos o campeonato em 10º, estou muito feliz, ganhei uma fatia grande da premiação, não poderia ser melhor. Ainda fui o segundo melhor estreante.

TA: Qual era as expectativas antes do campeonato e depois da primeira prova?
JG: Quando eu comecei minha expectativa era ficar entre os 20 primeiros, mas ela acabou mudando bastante depois da minha primeira participação, na tomada de tempo. Então pensei: Bom, se eu consegui isso agora, e eu treinei bastante, quer dizer que até o final eu conseguiria disputar pra estar entre os 10 primeiros. O plano era ficar entre os 20, para manter a vaga para o ano que vem, e depois dessa primeira etapa comecei a criar mais otimismo e quando vi que existia essa possibilidade eu continuei mantendo o ritmo de treino, que já era o dia inteiro, e cheguei na última etapa completamente exausto.

TA: Quais são os planos para o futuro, além dos 500km de Interlagos da Porsche em dezembro?
JG: Meu planejamento até há uma semana e meia atrás era tirar férias do simulador até janeiro, mas como o iRacing adiantou os planos e anunciou a volta já em janeiro e a classificatória do mundial começa daqui a pouco, eu vou treinar com os brasileiros que estão buscando essa vaga no mundial, para tentar trazer a experiência que eu tive esse ano para que a gente consiga ter mais brasileiros no mundial. Então minhas férias não vão existir (risos). Mas o que eu desejo para o ano que vem é manter a mesma meta, de ficar entre os 10 primeiros, quem sabe ir até melhor, e sinto que a curva de aprendizado este ano foi muito boa. Infelizmente não terei tempo para descansar, mas em contrapartida não vou perder o ritmo, e acredito que estarei bem preparado para a competição.

TA: E pretende continuar disputando o campeonato brasileiro?
JG: Sem dúvida! Se o campeonato continuar no iRacing (plataforma onde acontecem as corridas virtuais), continuarei. Ainda não foi anunciado se terá mais algum campeonato ainda esse ano. Com o calendário do mundial começando já em janeiro, o brasileiro também deve ser alterado. Mas com o brasileiro voltando ano que vem torço muito para que eu volte, porque é o campeonato mais incrível que já teve de automobilismo virtual aqui no Brasil, seria uma honra estar participando de novo, com essas feras que tem no país. E a sensação de andar na frente junto com os melhores é algo que não tem como descrever. 

TA: Além dos 500Km de Interlagos, você pensa ainda em correr mais com carros reais?
JG: Estou trabalhando para isso. Como não tem nada definido e está tudo muito no começo, não poderia dar certeza de nada. Mas meu sonho é fazer uma temporada completa na Porsche (Carrera Cup Brasil). Vamos ver como vai desenrolar os últimos meses de 2020 e os primeiros meses de 2021 e torcer para que dê tudo certo. Porque no simulador o carro é incrível, das vezes que eu pilotei no real foi ainda mais incrível, então fazer uma temporada completa com esse carro real depois de tudo que disputamos no simulador, seria uma sensação indescritível.

* Jornalista
 

Por João Nassif 16/10/2020 - 09:12

Ontem aqui no Almanaque da Bola registrei a disputa entre Egito e Argélia valendo vaga para a Copa do Mundo de 1990 na Itália.

A vitória dos egípcios por 1x0 após as duas seleções terem empatado em 0x0 na Argélia, gerou um tumulto de graves proporções, pois os argelinos não aceitaram a confirmação do gol alegando que seu goleiro havia sofrido falta no lance do gol.

Belloumi

A pancadaria rolou solta no Cairo com os atletas da Argélia partindo para cima do árbitro que demorou quase 10 minutos para chegar ao vestiário. A briga se estendeu pelas arquibancadas com os argelinos atirando vasos de terra sobre o público.

A culpa pelo tumulto recaiu sobre o atacante argelino Belloumi que foi condenado a cinco anos de prisão por um Tribunal do Egito. Inclusive seu nome entrou na lista da Interpol, pois estava fora do Egito quando de sua condenação.

Belloumi só deixou de ser foragido pela organização internacional em abril de 2009 graças aos esforços das duas nações às vésperas de novo encontro entre as seleções pelas eliminatórias para o Mundial de 2010. 
 

Por João Nassif 15/10/2020 - 09:47

No final de 1989 Egito e Argélia disputaram em duas partidas uma vaga para o Mundial do ano seguinte que foi realizado na Itália. As duas nações alimentavam rivalidade história motivada pelo processo de independência argelina durante a década de 1950.

Seleção da FLN

Na África muitos países lutavam pela independência. Muitos jogadores argelinos abandonaram seus clubes europeus e formaram uma equipe da Frente de Libertação Nacional (FLN), o movimento armado contra a ocupação francesa em seu território.

O selecionado atuou no Norte da África, na Ásia e no Leste Europeu com a ambição de divulgar o movimento armado pelo mundo. 

O governo do Egito apoiou a guerra da independência argelina, mas não teve a mesma postura com relação ao futebol, pois os egípcios temiam represálias por parte da FIFA caso medissem forças com o selecionado rebelde. O Egito era um dos fundadores da Confederação Africana de Futebol e a FIFA não reconhecia o selecionado da FLN.

Mesmo assim a decisão da vaga para a Copa da Itália foi confirmada, no primeiro jogo em Constantina na Argélia houve empate em 0x0 e na segunda partida no Cairo o Egito venceu por 1x0 e ganhou o direito de participar pela segunda vez de uma Copa do Mundo.
 

Por João Nassif 14/10/2020 - 09:27

Um episódio interessante aconteceu enquanto o Esporte Clube Metropol se preparava para a excursão à Europa em 1962.

O técnico era Ivo Andrade que estava dando uma preleção quando o Diomício Freitas, um dos donos do clube abriu a porta e entrou no vestiário O treinador imediatamente o mandou sair. 

Metropol a caminho da Europa

No lado de fora estavam o Santo Guglielmi, também dono do clube, o Dite, o Dilor, o Dilson, o Reginaldo e o Realdo. Imediatamente o Diomício mandou o Dite entrar no vestiário e demitir o técnico. Dite cumpriu a ordem na frente de todos os jogadores.

Na volta, o Dite obediente perguntou ao pai o motivo da demissão. Diomício falou, depois te conto. Foi então que o Santo disse: “manda quem pode e obedece quem precisa”.

No dia seguinte, Dite convidou o Caznok para ser o técnico na viagem ao Velho Continente, Caznok que era técnico do Comerciário e tinha sido vice-campeão da LARM.

Convite aceitou surgiu um problema, Caznok não tinha carteira de técnico da CBD e não poderia viajar à Europa como treinador. A saída encontrada foi convidar Jucílio Fernandes que era massagista do Marcílio Dias que tinha a tal carteira e estava em dia com o pagamento das taxas cobradas pela entidade. 

Resultado, o massagista do Metropol Romeu Selling foi cortado da delegação e o Jucílio foi o massagista e roupeiro do time na viagem à Europa.

Por João Nassif 13/10/2020 - 08:50

Em 2009 a Confederação Brasileira de Futebol reformulou o calendário nacional ao diminuir de 64 para apenas 20 o número de clubes na série C e inaugurar a série D com 40 participantes.

A proposta de 40 clubes permaneceu até 2015, exceto em 2014 quando disputaram 41 em virtude do rebaixamento de cinco clubes da série C. A partir de 2016 a série D passou a contar com 68 times divididos em 17 grupos. Agora em 2020 nova mudança, com 64 times divididos em oito grupos. 

Nestes 10 anos de disputa a série D teve 11 campeões de nove estados sendo que o primeiro deles foi o São Raimundo de Santarém do Pará.

Minas Gerais e Ceará são os únicos estados com dois títulos cada um. Tupi em 2011 e Tombense em 2014 são os campeões de Minas Gerais. Guarany de Sobral em 2010 e Ferroviário em 2018 são os times cearenses campeões da série D.

Os demais estados com apenas um título cada um são: Maranhão que teve o Sampaio Correa campeão em 2012, a Paraíba com o Botafogo em 2013, São Paulo com o Botafogo em 2015, o Rio de Janeiro com o Volta Redonda em 2016, o Paraná com o Operário em 2017 e Santa Catarina com o Brusque em 2019, além do estado do Pará com o São Raimundo na primeira edição da série D do campeonato brasileiro. 

Por João Nassif 12/10/2020 - 23:48

Thiago Ávila *

1º de outubro de 2006, Xangai. Alonso era líder do campeonato, a dois pontos de Michael Schumacher. A chuva intensa que caía no local parecia beneficiar os pneus Michelan em relação aos Bridgestone. Era a chance de ouro para o espanhol se distanciar ainda mais do alemão para ficar a um passo do bicampeonato. Em contrapartida, Michael vinha em uma ótima fase, havia ganhado quatro das últimas seis corridas disputadas, e os pneus japoneses pareciam ter enfim servido na Ferrari.

Alonso largava na pole, seguido Fisichella, duas Hondas e Raikkonen, todos calçando Michelan, Schumi, de Bridgestone, era sexto. O alemão manteve a posição na largada, na volta oito passou Rubinho, na 14 passou Button e logo já era terceiro com o abandono de Raikkonen. A pista foi secando, e Michael, com o carro mais rápido da pista, rapidamente tirou a larga vantagem de 25 segundos de Alonso. Na 30ª volta, Schumi ultrapassa Alonso e agora tinha apenas Fisichella à sua frente. A 16 voltas do fim, o alemão e o italiano partem para sua segunda parada, Michael vai primeiro, retorna com os pneus mais quentes que o rival e consegue a ultrapassagem na primeira curva depois dos boxes. Era a vitória número 91 do lendário heptacampeão, sua última na carreira, um mês antes de anunciar a aposentadoria.

A 91 de Hamilton não foi tão grandiosa assim. Na verdade, foi tão tranquila que Lewis nem percebeu que havia chegado ao recorde de Schumacher neste final de semana em Nurburgring. Bottas fez a pole, foi superior ao inglês na largada, mas cometeu um erro de principiante na volta 13, demorando demais para frear na primeira curva. Eu entendo, eles mal treinaram na sexta, tiveram bem pouco tempo no sábado..., mas também não durou muito e o motor do finlandês estourou, “então é isso aí, Hamilton, pega a vitória lá”. No pódio, subiu com o capacete de Schumi, prestando homenagem ao alemão.

Essa corrida só não foi pior que a da Rússia, porque Ricciardo estava lá para salvar. Mas nem é porque ele fez uma corridaça, fazendo 20 ultrapassagens, volta mais rápida e piloto do dia... Na verdade ele só teve o esforço de guiar o carro as 60 voltas e conseguir o primeiro pódio da Renault desde seu retorno ao grid em 2016.

A marca de Schumacher provavelmente será pulverizada pelo hexacampeão se continuar nesse ritmo. E a lendária vitória 91 do alemão deverá ser substituída pela centésima e alguma coisa do britânico, que também deverá ser tão emblemática quanto a última de Schumi.

Bom, recordes são feitos para serem quebrados, e este é só mais um.

* Jornalista

Por João Nassif 12/10/2020 - 11:52

Desde a primeira disputa em 1930, a Copa do Mundo não parava de crescer e para a edição de 1966, setenta países enviaram suas inscrições à FIFA. 

A Copa causou discordância antes mesmo da bola começar a rolar. Dezesseis nações africanas boicotaram o torneio em protesto contra uma resolução da FIFA de 1964 mandando que o vencedor da zona africana enfrentasse o vencedor da zona asiática ou da Oceania para se classificar à fase final. 

Os africanos acreditavam que vencer sua zona deveria bastar por si só para ter um lugar nas finais. Depois de muita discussão a FIFA ordenou que 10 seleções europeias, entre elas a Inglaterra, se classificariam, junto com quatro da América do Sul, uma da Ásia e uma da América do Norte, Central e Caribe.

A Copa do Mundo de 1966 teve um grande herói fora das quatro linhas do gramado, um cachorro de nome Pickles. Antes do torneio a Taça Jules Rimet foi roubada de uma vitrine no Center Hall em Westminster em Londres na Inglaterra. 

Uma caçada nacional foi montada e descoberta quando um cão farejou alguns arbustos nos arredores de capital inglesa. A Federação Inglesa havia mandado fazer uma réplica, caso e verdadeira Taça não fosse encontrada a tempo para o Mundial.
 

Por João Nassif 12/10/2020 - 07:24

Houve um equívoco por parte de quem esperava um Criciúma diferente logo no primeiro jogo do novo treinador. O roteiro foi o mesmo dos tempos de Roberto Cavalo/Wilsão. Muita vontade, mas pouco futebol e a vitória muito mais pela fragilidade do adversário que, por incrível que possa parecer estava com uma pontuação maior que o próprio Criciúma.

Foto: Celso da Luz/Criciúma EC

Itamar Schülle, experiente em se tratando de série C pelos bons trabalhos recentes no Cuiabá e no Santa Cruz não faz milagres. Sem tempo para treinar desde sua apresentação não conseguiu estabelecer um padrão diferente do que vimos em toda temporada.  É natural, não é apenas com duas conversas que alguém consegue melhorar um coletivo desarrumado, por isso outro jogo ruim do time que mesmo assim encontrou uma vitória importante que diminui a pressão e dá tranquilidade para o trabalho que a partir de agora começará para valer.  

O destaque contra o Londrina foi o atacante Jean Dias que entrou para o segundo tempo e foi o diferencial para com velocidade mudar o andamento do jogo. Outro personagem importante foi o atacante Michel que marcou duas vezes mostrando que quando bem acionado conhece o caminho do gol.

Os próximos dois jogos fora de casa serão fundamentais para a classificação e servirão de maneira definitiva para conhecermos o trabalho do novo técnico. A missão inicial do Itamar Schülle é levar o time para a segunda fase da série C. O primeiro passo foi dado.     
 

Por João Nassif 11/10/2020 - 11:53

Puxando pelo retrospecto da série C desde 2012, o grupo B, formado pelas equipes do Sul/Sudeste do país, com algumas exceções, a pontuação média para classificação entre os quatro primeiros gira em torno dos 28 pontos.

Itamar Schülle
Foto: engeplus.com.br

Esta pontuação representa um aproveitamento de 51% com 18 jogos disputados pelas 10 equipes que compõe o grupo B da série C do campeonato brasileiro.

O Criciúma que terá mais nove jogos terminou o primeiro turno em quinto lugar com 12 pontos, 44% de aproveitamento e pela média dos últimos anos terá que fazer no mínimo mais 16 para alcançar a segunda fase do campeonato.

Como irá disputar mais 27 pontos, terá que fazer um aproveitamento perto de 60% para ficar entre os quatro primeiros e se colocar na decisão do acesso. A segunda fase, misturada com os classificados do grupo A será formada por dois grupos de quatro clubes, sendo que os dois primeiros de cada grupo terão acesso garantido para a série B em 2021.

Itamar Schülle, técnico recém contratado pelo Criciúma tem como primeira missão conquistar o mínimo de 16 pontos para atingir a segunda fase do campeonato. Para tanto fará cinco jogos no Heriberto Hülse e quatro como visitante.
 

 

Por João Nassif 11/10/2020 - 09:13

O campeonato catarinense de 1978 começou no dia 16 de abril com 16 clubes e terminou em campo em meados de dezembro. O campeonato foi parar no STJD e somente depois de quatro meses é que foi proclamado o campeão.

A fase final era um hexagonal e Joinville e Chapecoense brigavam pelo título até que no dia 06 de dezembro em jogo valendo pelo segundo turno do hexagonal o Joinville derrotou o Avaí por 1x0 com um gol de pênalti. O Avaí contestou a marcação e abandonou o campeonato.

Com o abandono o Avaí não enfrentou a Chapecoense que considerou os pontos do jogo e com estes pontos se proclamou campeã. O regulamento no artigo 50 que tratava do assunto não esclarecia o que acontecia com os pontos que o Avaí ainda tinha que disputar.

O Joinville terminou na primeira colocação sem que fosse considerados os pontos ganhos pela Chapecoense na partida que não aconteceu contra o Avaí. Por isso o caso foi parar no STJD que depois de quatro meses de disputa considerou o Joinville campeão estadual de 1978. Foi uma vitória do advogado do time da Manchester Catarinense, Waldomiro Falcão, à época um dos maiores especialistas em direito esportivo e com grande trânsito pelo STJD.

A Chapecoense não tinha um advogado de tamanha envergadura, por isso não ficou com o bicampeonato, pois havia sido campeã estadual no ano anterior.

Como lembrança, 1978 foi o primeiro campeonato disputado pelo Criciúma depois que sucedeu o Comerciário, terminando a competição na terceira colocação.   
 

 

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