O Procon de Criciúma enviou para a Rádio Som Maior uma nota esclarecendo toda a situação criada com relação aos preços dos ingressos praticados pelo Avaí no jogo de logo mais.

Em princípio o que estava em questão na manifestação de torcedores do Criciúma era que no jogo anterior foi cobrado R$ 40 por um ingresso de arquibancada e agora o Avaí saltou para R$ 120 o mesmo tipo de ingresso.

Mas, pela nota do Procon o que na realidade estava no centro da polemica era que o Avaí não poderia cobrar R$ 120 da torcida visitante e baixar numa promoção o preço para torcedores do clube.

Depois de algumas demandas ficou o preço único de R$ 120 para os torcedores dos dois times.

Grande vitória dos torcedores do Criciúma que obrigaram os do Avaí pagar o mesmo valor para o jogo das 16:30hs. A interferência do Procon foi fundamental para o capítulo final da discussão.

Fico indignado com pretensões que fogem a realidade, penso até que seja para criar uma atmosfera de confronto, quando se está às portas de uma decisão. Falo do pedido protocolado no Procon por torcedores do Criciúma que praticamente exigem que o Avaí baixe os preços dos ingressos do jogo de amanhã na Ressacada.

Não tenho notícias de que torcedores de times visitantes no Heriberto Hülse tenham reclamado do preço cobrado pelo Criciúma que é de R$ 120, o mesmo valor que o Avaí está cobrando para que torcedores do Tigre paguem para o primeiro jogo das quartas de final do campeonato.

Cada clube tem o direito de cobrar o que bem entender e ninguém tem nada com isso. Me admira o Procon protocolar pedidos de explicações tanto do Avaí como do MPE, como se não houvesse autonomia para decidir o quanto vale um jogo na sua casa.

O tamanho do jogo (espetáculo) tem valor variável e por se tratar de uma decisão o preço do ingresso aumenta e ficamos naquela do “vai quem quer e pode pagar”.

Só ilustrando, na série A do ano passado busquei o borderô de dois jogos do Avaí e pude constatar que contra o Cuiabá uma arquibancada custou R$ 30 e contra o Flamengo R$ 150. Preços de acordo com a importância do jogo. 

E o Procon, como tem feito, que continue cuidando de assuntos que realmente interessam a toda população.

A história está sendo repetida com frequência na temporada. Após a maioria dos jogos que o Criciúma realizou o técnico e muitos repetem à exaustão que o time fez um grande jogo, muito melhor que o adversário, mas que por se tratar de futebol não conseguiu a vitória.

Este roteiro foi seguido ontem a noite em Curitiba. O motivo é simples e deve ser encarado com realismo, o time não sabe fazer gols, com raras exceções consegue marcar um golzinho e fica por aí. Contra o Coritiba o gol no primeiro ataque surgiu por uma falha clamorosa do zagueiro adversário.

Depois de poucas chances, se tivesse qualidade poderia definir a vitória e no final sofreu empate. São poucas as chances que o time oferece aos adversários pela solidez de seu sistema defensivo.

Não adianta insistir que o time caiu em pé, pois uma eliminação sempre é dolorosa, principalmente numa Copa do Brasil em que o clube perde dinheiro e os jogadores poderiam ter o privilégio de enfrentar um time grande na terceira fase do torneio.

Disputa por pênaltis é loteria? Pode ser, com competência pode-se vencer, mas bater mal também faz parte do jogo.

A torcida fez seu papel, os poucos que foram ao Couto Pereira incentivaram, cantaram desde o início e certamente saíram frustrados pela desclassificação, mas tem feito seu papel nem sempre correspondido pelo time.

O Criciúma deu ontem na Ressacada um passo importante para buscar um título que não ganha há 10 anos. Sem qualquer pretensão de admirar uma bola de cristal, o comportamento do time nos últimos jogos indicam esta possibilidade. 

Depois de sofrer dois gols no início do segundo tempo, num apagão defensivo inédito na temporada, teve força e determinação para buscar um empate no último lance do jogo. Este gol, numa cobrança de escanteio treinada colocou o time na quarta posição para decidir o primeiro mata-mata no Heriberto Hülse, contra o mesmo Avaí que permitindo o empate perdeu a chance de decidir as quartas de final em casa.

O técnico Cláudio Tencati promoveu algumas alterações para o jogo, com a visível intenção de preservar alguns titulares para o jogo em Curitiba e mesmo assim o time não perdeu a intensidade. Esbarrou na sempre dificuldade nas finalizações, mas teve competência para arrancar o empate depois das mudanças que aconteceram na segunda etapa.

Houve dúvidas com relação ao primeiro gol, mas a súmula garantiu o gol para Lohan, centro avante que precisava deste gol para tentar recuperar a titularidade perdida com as chegadas do Éder e do Fabinho. 

Agora é Copa do Brasil, certamente um adversário que irá exigir muito mais. O jogo contra o Coritiba em um alto valor na premiação e a possibilidade de cruzar na terceira fase com um dos grandes do futebol brasileiro. 

Dos seis jogos na rodada de amanhã, três são entre times que hoje estão no G-8, bloco de classificação para as quartas de final.

O Hercílio Luz, líder jogará contra o Camboriu que é o 10º colocado em Tubarão, precisando da vitória para garantir o primeiro lugar. Sem empatar ou perder poderá perder a primeira posição para a Chapecoense que irá enfrentar fora de casa o Barra oitavo colocado.

O Criciúma vencendo garante pelo menos o terceiro lugar, a chance de ser segundo depende de derrota da Chapecoense. Se empatar é certo que ficará entre os quatro primeiros, podendo ser terceiro caso o Brusque não vença o Figueirense no Augusto Bauer.

O Avaí se vencer o Criciúma pulará para a terceira posição, podendo ficar em segundo se a Chapecoense não conseguir vencer o Barra.

Poderia ficar aqui especulando outras várias possibilidades, mas certamente cansaria os leitores, portanto o que realmente interessa é que o Criciúma vencendo decidirá o primeiro mata-mata em casa. 

Se empatar ou perder poderá, pela combinação de outros resultados terminar a rodada fora do G-4. 

Podem argumentar que não, mas a arbitragem brasileira é uma vergonha quando um dos chamados times grandes enfrentam equipes de menor ou nenhuma expressão nacional.

Esta Copa do Brasil, sem o VAR, está deixando os árbitros a vontade para ajudar os grandes nestes confrontos e eliminar clubes que passando de fase teriam receita para viabilizar toda a temporada e alguns para melhorar suas dependências a fim de proporcionar mais conforto a seus jogadores.

A classificação do Botafogo no jogo contra o Sergipe, série de escanteio até empatar além do tempo de acréscimos dado pelo árbitro .E ontem na desclassificação do Camboriu contra o Bahia, impedimento inexistente no gol do time catarinense escancaram estes erros que sempre favorecem os grandes.

Para não dizer que ficamos por aí, ontem também o pênalti que de classificação ao Tombense contra o Retrô foi outro escândalo. Quem derrubou o jogador do time mineiro dentro da área foi seu próprio companheiro.

E a chefia da arbitragem brasileira não consegue implantar nos árbitros a necessidade de igualdade nas decisões independentes do tamanho dos times em disputa. Ou os dirigentes são coniventes? 

O Criciúma a muito custo conseguiu fazer o primeiro gol que garantiu a vitória. O segundo seria consequência, mas veio somente no último minuto num jogo em que novamente o time criou várias chances e esbarrou na incapacidade de traduzir no placar o domínio que exerceu durante todo o tempo.

E não adianta o argumento que o goleiro do adversário foi o melhor em campo, Sidão com defesas salvadoras. A questão é ser eficiente nas finalizações e o Criciúma tem mostrado muitas dificuldades neste quesito. Somente conseguiu marcar mais de um gol contra times visivelmente inferiores, pelo menos no papel.

As vitórias sobre o Camboriu, o Real Ariquemes e agora contra o rebaixado Atlético Catarinense certamente coloca em alerta o técnico Cláudio Tencati que terá pela frente jogos mais difíceis pela Copa do Brasil, pelo Campeonato Brasileiro e também nesta reta final do estadual.

Continuando com esta dificuldades em fazer gols contra equipes mais qualificadas comparadas com as que tomaram mais de um gol, o Criciúma e sua imensa torcida sofrerão bastante na sequência da temporada.
 

É costume dizermos que o campeonato brasileiro é jogado no segundo semestre, pois existe o divisor de uma semana entre o final dos estaduais e o início da competição nacional.

Não é o correto, mas caiu nas graças de quem lida com o futebol, mesmo que os estaduais terminem no começo de abril, este ano no dia 08, os campeonatos brasileiros das séries A e B tenham início uma semana depois.

O importante é que o “primeiro semestre” está chegando ao final com as decisões dos campeonatos estaduais e mesmo com a Copa do Brasil e a Libertadores em andamento a força do campeonato brasileiro é o prato principal do futebol nacional.

A Copa do Brasil e a Libertadores estão em suas fases iniciais.

Nesta reta final depois de tantos jogos sem brilho e com pouca qualidade os estaduais estão prevendo grandes confrontos os principais times de cada estado na disputa, acirrando as rivalidades e aumentando o interesse de todas as grandes torcidas.

Tudo fica dentro do imprevisível, o certo é que teremos grandes emoções nesses próximos 30 dias para sabermos quais serão os campeões.
 

O Criciúma tem amanhã contra o Atlético Catarinense, já rebaixado, a chance clara de saltar na classificação, alcançando o terceiro lugar depois de 10 rodadas. 

Pelo adversário e por jogar no Heriberto Hülse, poderá chegar a sua quarta vitória depois de sofrer nas rodadas iniciais quando conquistou apenas uma vitória em sete rodadas.

Para quem entrou no campeonato como um dos favoritos finalmente o Criciúma encontrou o caminho das vitórias e com as modificações promovidas pelo técnico Cláudio Tencati acumula três vitórias consecutivas, contanto com a de Ariquemes pela Copa do Brasil.

A vitória amanha em casa levará o Criciúma aos 17 pontos, ficando a dois pontos da Chapecoense, segunda colocada, ao final da 10ª rodada. Ficará faltando apenas uma para o término da fase de classificação e uma vitória contra o Avaí, combinando com derrota da Chapecoense contra o Barra em Itajaí, deixará o Criciúma apenas atras do Hercílio Luz, a grande surpresa do campeonato.

O decidir o primeiro mata-mata em casa, possivelmente outras fases até a final, com o apoio total de seu torcedor será fundamental para o Criciúma conquistar o título que não consegue desde 2013.

Alguns ainda podem argumentar que a saída do Marquinhos Gabriel em meio a série B do ano passado foi fator preponderante para a ótima campanha na reta final do campeonato.

Não resta nenhuma dúvida que no encaminhamento de sua rescisão para jogar a série A pelo Goiás o jogador havia baixado muito sua produção, por motivos que certamente não saberei identificar.

De qualquer modo Marquinhos Gabriel está de volta e com ele a esperança de um time mais qualificado e por extensão a possibilidade de mais gols o que não tem acontecido na temporada. As vitórias sobre o Camboriu e Real Ariquemes foram com placar mais elevado pela baixa qualidade dos adversários.

Tenho apenas uma questão que o tempo irá responder. Por que um jogador que tem um bom conceito na série A, veio jogar a série B, voltou para a primeira divisão e agora retorna para uma divisão inferior? 

Nesta fase inicial do torneio entraram no jogo 80 equipes, divididas em 40 grupos com os times jogando partida única. No confronto, os piores colocados no Ranking Nacional de Clubes jogaram em casa com a obrigação de vencer para passar de fase. Os visitantes se classificaram com um simples empate.

Nos 40 jogos disputados os mandantes venceram 11, enquanto os visitantes ou venceram ou empatam os outros 29 confrontos. Foi marcado um total de 95 gols com média de 2,38 gols/jogo. 

Os artilheiros nesta primeira fase foram Lorran no Nova Mutum do Mato Grosso e Allan Rosário do São Raimundo de Roraima, cada um gols três gols.

A maior goleada aconteceu em Tuntum no Maranhão. O Tuntum, time da casa foi derrotado pelo ABC do Rio Grande do Norte por 5x0.

Os visitantes se classificaram com 17 vitórias e 12 empates, sendo que três jogos terminaram em 0x0 e outros nove em 1x1.

Nos jogos da segunda fase, em caso de empate, o vencedor será decidido na cobrança de pênaltis.

O Criciúma novamente esbarrou na dificuldade de concretizar em gols o domínio que exerce nas partidas.

Mesmo com o placar de 3x0 contra o modesto Real Ariquemes, foi pouco pelo enorme número de chances de gols criadas. Com alto percentual de bola no primeiro tempo o time só conseguiu seu gol  já no período de acréscimos fruto da arrancada de Claudinho que dividiu, passou, recebeu de volta e de dentro da área finalizou com precisão.

No segundo tempo depois do susto de ter levado uma bola na trave, em dois rápidos contra ataques definiu o resultado com Eder cabeceando uma bola com o gol vazio e uma tabela com Cristóvão teve a finalização do Fabinho com um chute forte e colocado.

Podemos dizer que o Criciúma fez para o gasto num gramado hostil que o time soube com alguma dificuldade administrar e confirmar o enorme favoritismo contra um time sem o mínimo de expressão no futebol brasileiro.

Depois de garantir mais 1,4 milhão pela classificação para a segunda fase da Copa do Brasil que somados ao 1,25 milhão pela participação o Criciúma garante uma boa receita na temporada.

Agora a dificuldade será maior, pois irá ao Couto Pereira enfrentar o Coritiba que eliminou o Humaitá do Acre também por 3x0. 
 

A International Board, órgão que regula o futebol mundial irá se reunir no final de semana para discutir entre outros assuntos, a duração do tempo de bola rolando e a questão da linha do impedimento que têm causado muita polemica no futebol mundial. 

As duas possíveis modificações terão forte impacto, mas a maior é a possibilidade do cronômetro ser parado sempre que a bola não estiver em jogo. Neste caso o tempo total com a bola rolando seria diminuído para dois tempos de 30 minutos.

A última Copa do Mundo ficou marcada pelo alto tempo de acréscimos dos jogos, alguns tiveram mais de 10 minutos após o tempo regulamentar.

Esta possível modificação será para evitar simulações de faltas, principalmente dos goleiros quando seus times estão em vantagem no placar, de jogadores que fingem serem atingidos com violência e demoram no atendimento e outros expedientes para evitar que a bola role.

Não creio que haverá esta alteração na regra do jogo, o que a International Board tem que fazer é obrigar o árbitro tomar atitude mais radical para evitar o antijogo.

A questão da linha do impedimento creio ser mais viável é que o atacante não esteja mais em impedimento se tiver qualquer parte do corpo na mesma linha do penúltimo defensor.

Outras questões que serão discutidas, como o goleiro não ficar em movimento antes da cobrança de pênaltis que mexe com o emocional do batedor e a invasão de campo pelos reservas na hora do gol. Será permitido desde que não interfiram na jogada.

A festa de ontem em Paris na premiação da FIFA aos melhores do mundo foi muito mais uma homenagem a Pelé o eterno Rei do futebol.

Num documentário emocionante foi mostrada um pouco da trajetória do maior jogador de todos os tempos, levando as lagrimas muitos dos presentes no evento, principalmente a última esposa do Pelé, a japonesa Márcia Aoki.

Outro momento de muita emoção foi a escolha do Prêmio Puskas, o gol mais bonito da temporada e o vencedor foi o polonês amputado Marcin Oleksy que fez o gol num voleio espetacular com o pé direito com apoio das duas bengalas para a impulsão.

Sem contar o torcedor argentino que foi receber o prêmio dado para a melhor torcida que fez uma verdadeira festa com o título na Copa do Mundo no Qatar. O torcedor inclusive tocou no palco o bumbo que marcou a vibração das arquibancadas,

Sem muita emoção, pudemos confirmar a consagração de Lionel Messi com o prêmio “The Best” o melhor jogador do mundo e a espanhola Alexia Putellas a “The Best” do futebol feminino. O goleiro Emiliano Martinez e o técnico Lionel Scaloni também foram premiados fazendo do evento uma festa argentina.

De brasileiro, somente o volante Casemiro que foi escolhido para a seleção dos melhore do planeta em 2022.
 

Ao final dos jogos do Criciúma, ouço do técnico Cláudio Tencati e outros que o resultado poderia ser diferente, quando o time ganha poderia ser por uma diferença maior, quando empata ou perde poderia ter vencido.

Em parte, todos tem razão. São muitas as chances criadas em vários jogos e a falta de capacidade nas finalizações determina os resultados, em alguns casos os goleiros adversários fazem defesas difíceis e impedem que o placar seja diferente. 

Lembrando que o goleiro Gustavo também se sobressai em vários jogos e garantem alguns pontos para o Tigre.

Ontem, contra o Figueirense o Criciúma dominou quase que o jogo todo, criou algumas situações, chutou bola na trave, o goleiro do Figueira fez duas ou três defesas espetaculares e o placar ficou no 1x0 pelo gol no último lance do primeiro tempo.

Está no DNA do time do Cláudio Tencati a força de marcação, os jogadores se atiram nos confrontos com muito apetite, recompõe com velocidade e quase sempre tem o controle do jogo, mas sem muita capacidade ofensiva. Pelo domínio nos jogos os placares são ajustados, exceção na partida contra o Camboriu. 

Podemos dizer que o grupo tem um ótimo preparo físico, mas carece de mais qualidade na definição das jogadas, pois sim.  

Está em curso uma campanha para que o campeonato brasileiro rebaixe apenas três e não mais quatro clubes para a série B que obrigaria a segunda divisão promover apenas três nas próximas temporadas.

Puro casuísmo dos clubes maiores que se preservariam de rebaixamentos o que vem acontecendo nos últimos anos.

Penso que existe coisas mais importantes a serem tratadas, principalmente com relação às arbitragens. O jogador brasileiro é dos mais indisciplinados do mundo, pressionando os árbitros a cada falta ou pênalti marcados, simulando a toda hora agressões, atrasando o jogo quando seu time tem vantagem no placar, enfim todas as mazelas conhecidas que não são vistas em competições onde impera o profissionalismo.

Recentemente a Premier League que deveria ser exemplo para o futebol brasileiro puniu com multas pesadas dois gigantes ingleses, Arsenal e Manchester City, pelo fato de seus jogadores pressionarem o árbitro do confronto por marcações que entendiam serem erradas. Fizeram a tal rodinha e os clubes pagaram multa pesadas, inclusive com os técnicos admitindo que não conseguiram conter seus jogadores.

Tudo isso me veio à cabeça quando li que o presidente do Santos FC enviou uma nota à Federação Paulista e divulgou pela imprensa, mostrando preocupações com a escala da Edina Alves para o jogo contra o Corinthians amanhã na Vila Belmiro. 

E aí? Fica tudo por isso mesmo? Fica, no futebol brasileiro são admitidos todos os tipos de pressão sobre a arbitragem, dentro ou fora do campo.

Por isso ficamos sempre sonhando com um futebol diferente, profissional para que possamos voltar a ser chamado de melhor do mundo, condição que perdemos há muitos anos.
 

Não é definitivo, mas os primeiros jogos da Copa do Brasil sinalizaram que é real o nivelamento do futebol brasileiro com clubes de menor estrutura técnica e financeira têm conquistados resultados impensáveis há alguns anos.

É de conhecimento geral que tivemos algumas zebras em edições passadas, inclusive com times de porte médio sendo campeões, diferente do futebol praticado nos dias de hoje, quando alguns grandes não têm sido tão grandes e alguns pequenos não tão pequenos assim.

Os sete primeiros jogos da competição mostraram alguns resultados inesperados como na abertura da Copa o Marcílio Dias derrotando e eliminando a Chapecoense. Ontem o quase desconhecido Nova Mutum do Mato Grosso eliminando o Londrina, time da série B, com um 4x2. E vimos também o pequenino São Raimundo de Roraima fazendo história ao vencer e eliminar o Cuiabá, time da série A, com um extravagante 4x3.

ARTILHARIA PESADA
Na vitória do São Raimundo o zagueiro fez um hat-trick, com dois gols de cabeça e outro como centro avante aos 46 do segundo tempo.

Em Nova Mutum, Lorran atacante do time mato-grossense também fez seu hat-trick. Este Lorran faz gols.

VOLTA PARA CASA
Depois da passagem frustrada pelo Criciúma E.C. o meia Renan Bressan aos 34 anos retorna para a cidade onde nasceu e irá defender o Hercílio Luz na sequência da temporada. 

Surgiu para o futebol jogando pelo Tubarão em 2007 e na mesma temporada foi parar a Bielorrússia contratado pelo Gomel e teve sua melhor temporada no BATE Borisov quando inclusive foi convocado para a seleção do país. Depois rodou por vários países europeus até 2019 quando jogou em Portugal.

Pela seleção da Bielorrússia disputou as Olimpíadas de 2012 no Reino Unido, disputou quatro jogos e marcou um gol. Pela seleção principal do país, ainda em 2012, disputou 25 jogos e marcou três gols.

Quando retornou ao Brasil, Renan Bressan foi contratado pelo Cuiabá, depois passou pelo Paraná, Juventude, CRB, até chegar ao Criciúma em 2022. Deverá encerrar a carreira jogando pelo Hercílio Luz.  

Entendo, mas não concordo com os arroubos de torcedores que sugerem terra arrasada os tropeços de seu time no início de juma competição.

Sempre procurei pautar no que aprendi em cerca de 50 anos de atividade no jornalismo esportivo que os profissionais que comandam ou jogam nos clubes merecem um mínimo de consideração, inclusive muito mais os que já provaram serem vitoriosos nos próprios clubes. Não são alguns tropeços que devem ser criticados, sim, mas têm crédito para mudar os resultados negativos de até então.

Muitos nestes últimos dias pelas fracas atuações do Criciúma nas rodadas iniciais do campeonato esbravejavam por mudanças na escalação e no sistema de jogo, inclusive sugerindo como o técnico Cláudio Tencati deveria colocar seu time em campo.

Sempre procurei entender o momento do Criciúma como passageiro, pois não poderia mudar minha opinião desde o início da temporada que via um time sendo mantido depois de ótimo campanha no brasileiro do ano passado e também o comando técnico, importante para uma continuidade vitoriosa.

Nos fracassos iniciais o técnico continuou apostando em pouquíssimas alterações na escalação, num formato que foi vitorioso e se os resultados não vieram foram os detalhes da falta de mais qualidade na hora das finalizações. As situações de gols foram criadas.

No jogo em Camboriu foram trocadas algumas peças com resultado altamente positivo. Nem tanto pela vitória elástica em si, mas como modelo de jogo que ficou próximo do que sempre foi para que muitos jogadores fossem destaques num jogo de recuperação do time no campeonato.

A tendência é que continue a recuperação em busca da classificação.

O Criciúma continua sofrendo dos mesmos males que entra ano, sai ano e não são resolvidos. A falta de capacidade ofensiva do time é alarmante e num campeonato em que é um dos favoritos ao título o desempenho tem sido lamentável com apenas 02 gols em 04 jogos.

A derrota para o Marcílio Dias que pode ser levada na conta de surpreendente escancarou novamente a incapacidade do time em fazer gols, mesmo criando inúmeras chances, inclusive algumas na cara do gol e outra com um chute quase na pequena área com o goleiro caído, quer dizer gol escancarado.

A reta final da temporada 2022 permitiu sonhar com o acesso e o modo como o time se comportou fez com que a direção mantivesse quase todo plantel na certeza da continuidade para começar o ano com boas perspectivas.

Por enquanto o início da temporada é ruim, com apenas uma vitória e dois empates e a derrota de ontem liga um sinal de alerta, apesar da fórmula do campeonato dar chances aos 12 times na busca das 08 vagas para entrar na fase do mata-mata.

O verdadeiro teste da capacidade do Criciúma se recuperar será nos próximos dois jogos. A tabela dá uma boa folga, pois a próxima rodada será somente no final da semana que vem, tempo para os atacantes treinar bastante finalizações e tentar vencer o líder Brusque no Augusto Bauer. E o jogo seguinte será contra o hoje vice-líder Hercílio Luz no Anibal Costa. 

Estes dois jogos fora de casa darão a ideia exata das condições e possibilidades do Criciúma em continuar sonhando com o título que não vence desde 2013.

O Eder, recém contratado poderá ser a solução?

A bolinha na sede da CBF permitiu ontem o Criciúma poder disputar pela 12ª vez sem interrupções a Copa do Brasil. 

Desde 2012 o Tigre não fica de fora da competição que traz ótimas lembranças no imaginário dos torcedores até hoje saboreando o título conquistado em 1991.

A CBF há vários anos usou o Ranking Nacional de Clubes para definir quem disputaria o torneio e o Criciúma desde 2012 se valeu deste expediente para poder confirmar presença.

Com o rebaixamento do clube para a série C em 2019 e não conseguindo o acesso no ano seguinte o Criciúma só conseguiu participar da Copa do Brasil em 2021, pois a Chapecoense foi campeã da série em 2020.

E nesse recorte desde 2012 o Criciúma fez em 2021 sua melhor campanha. Depois de seis jogos chegou à 4ª fase sendo eliminado pelo Fluminense depois de vencer em casa o primeiro jogo por 2x1, foi derrotado por 3x0 no Maracanã. Até hoje lembramos que o gol do time carioca no Heriberto Hülse foi através de um pênalti inexistente marcado após o árbitro consultar o VAR.

Em 2013 o Criciúma disputou também seis jogos num outro formato e foi eliminado na 3ª fase pelo Salgueiro depois de dois empates, 0x0 na casa do Salgueiro e 1x1 em Criciúma. O gol sofrido em casa eliminou o Criciúma.

Se espera que em 2023 beneficiado pela bolinha o Criciúma repita 2021 beneficiado pelo título da Chapecoense em 2020.