Uma das superstições do futebol é a lenda do “sapo enterrado” quando um time fica anos sem ganhar um campeonato.
Esta história do “sapo enterrado” vem desde o final de 1937 quando jogaram no dia 29 de dezembro pelo campeonato estadual o pequeno Andarahy, em seu campo, contra o já poderoso Vasco da Gama.
Os vascaínos demoraram algumas horas para chegar ao local do jogo em virtude do ônibus ter quebrado. Os dirigentes do Andarahy não quiseram pedir W.O. e esperaram a chegada do adversário numa noite chuvosa.
Arubinha, ponteiro esquerdo do time da casa pediu antes do jogo que os jogadores do Vasco retribuíssem a gentileza e não humilhassem o Andarahy. De nada adiantou o Vasco foi implacável e venceram por 12x0 sem piedade dos oponentes que esperaram tanto tempo debaixo de chuva.
Arubinha, enfurecido, ajoelhou-se no campo e pediu aos céus que o Vasco ficasse 12 anos sem ganhar um título, como punição pelo ato espúrio daquela noite. E assim aconteceu o Vasco não ganhou mais nada a partir daquele dia. A cada título perdido vinha a lembrança do Arubinha.
De repente veio a sugestão que Arubinha havia enterrado um sapo no gramado de São Januário. O campo foi literalmente revirado e nada do sapo aparecer. O Vasco procurou o próprio Arubinha para que ele revelasse a localização do sapo.
O jogador afirmou que não havia enterrado nenhum sapo, mas retirou a praga. No mesmo ano, 1945 o Vasco foi campeão carioca e o sapo nunca foi encontrado.