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A novela da Williams

Por João Nassif 24/01/2018 - 09:16

Thiago Ávila*

Desde o anúncio da aposentadoria de Felipe Massa, a Williams ainda não havia anunciado quem faria dupla com Lance Stroll para 2018. Nesta terça-feira o nome foi divulgado, e até que foi uma surpresa.

Começamos essa novela na volta das férias da temporada 2017. Com resultados ruins do brasileiro, a equipe britânica cogitou substituí-lo e preparou uma espécie de vestibular pela sua vaga. Os primeiros nomes na disputa eram o de Paul Di Resta - piloto reserva e que já havia substituído Massa na Hungria – e Robert Kubica - que não pilotava um F1 desde 2011, quando sofrera um acidente de Rali dias antes da estreia da temporada seguinte.

No início tudo apontava que o brasileiro iria seguir no time, já que o britânico não mostrava confiança e o braço direito danificado do polonês assustava. Mas aí veio o GP do Brasil e minutos antes o piloto revelou em um vídeo que estava de saída em definitivo da categoria.

Legenda

De saída da Sauber, o piloto revelado nas categorias de base da Mercedes, Pascal Wehrlein, entrou na briga. Junto com ele, Daniil Kvyat, que fora demitido da Toro Rosso no meio da temporada também vinha forte. O maior problema que afetava ambos era a idade, 23 anos. Como o patrocinador máster da equipe é a Martini, um cidadão com menos de 25 anos não pode fazer propaganda para uma marca de bebidas alcoólicas na Inglaterra. Mas o próprio time de Grove revelou que o caso seria solucionado se contratassem alguém mais jovem.

Depois do GP de Abu Dhabi vieram os testes de pós-temporada. A Williams resolveu testar Kubica pela primeira vez em um carro de 2018, juntamente com o russo Sergey Sirotkin, de 22 anos, piloto reserva da Renault. Depois de 128 voltas, o polonês foi mais veloz e dias depois assinou um contrato com Claire Williams.

Semanas depois, o pai de Lance, o multibilionário Lawrence Stroll, falou que iria reduzir a folha de pagamento e o time britânico precisava agora não mais de apenas um piloto competente, mas com grana. Kubica perdera vaga para Sirotkin e Kvyat, os russos que vinham com um apoio financeiro tremendo, sendo o primeiro oferecendo uma verba de 15 milhões de Euros.

Não houve outra escolha. Ainda no ano passado o nome de Sergey já era dado como certo na imprensa mundial e apenas uma confirmação da equipe era esperada. Depois de quase um mês de silêncio o nome do russo foi revelado, talvez pelo fato de a equipe estar negociando o acordo de idade da patrocinadora com a lei britânica.

Sirotkin não tem um histórico muito bom com as equipes de F1. Em 2014 era quase certo para substituir Hulkenberg na Sauber, mas foi preterido nas vésperas da temporada, entrando Sutil ao seu lugar. Nunca chegou a brigar por títulos na GP2 e foi por dois anos consecutivos reserva da Renault – perdendo espaço para Jolyon Palmer, um grande fiasco na categoria. Agora, se foi uma boa aposta para a Williams, isso só 2018 dirá.

*Estudante de jornalismo na PUCRS
 

 

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