O futebol não pode fugir do sacrifício que toda sociedade brasileira vem enfrentando com a pandemia que se alastra a cada dia pelo país.
É compreensível o esforço e diria a necessidade de uma retomada o mais rápido possível, mas o quadro não indica que jogos e campeonatos retornem num curto e até médios prazos.
Ouvi ontem o presidente da Federação Catarinense, Rubens Angelotti, sobre o questionamento ao governo do estado para que tenhamos jogos a partir da segunda semana de maio, jogos com portões fechados para que o campeonato estadual seja finalizado.
Os clubes que já não andam bem financeiramente teriam a oportunidade de conseguir algumas receitas com o patrocínio e com a parcela final da cota da televisão. Será este o argumento e também seriam feitos testes dos profissionais envolvidos nos jogos para isolar quem porventura testar positivo para o Covid-19.
Ouvi também o secretário geral da CBF, Walter Feldmann, que não acredita num retorno ainda em maio em função da pandemia ainda não atingir seu pico máximo, segundo o Ministério da Saúde. Os dois dirigentes fizeram questão de frisar que a prioridade é zelar pela saúde e pela vida dos que trabalham com o futebol e que obedecerão às recomendações dos órgãos governamentais. O decreto do governador Carlos Moisés é especifico, eventos esportivos somente no final de maio. Jogos com portões fechados se enquadram no impedimento, portanto penso que o pleito da Federação não será atendido.
Infelizmente a previsão é sombria para clubes e Federações que deverão perder receitas com uma paralisação que se desenha prolongada.