As palavras do diretor de futebol do Próspera, Nei Rama, foram certeiras quando ao final do jogo contra o Concórdia afirmou que o futebol fez sua parte, mas a estrutura foi precária e determinante para o rebaixamento.
Com poucos recursos o time formado apresentou bom rendimento durante o campeonato, vencendo três jogos contra equipes que brigarão pelo título e perdendo outros nos pequenos detalhes que fazem o futebol ser o único esporte que sugere o imponderável.
Destaco o jogo de estreia contra o Camboriú e a partida contra o Brusque, duas derrotas por 1x0. A primeira o desvio de um escanteio na primeira trave e a segunda num chute de longe quase no final depois de uma saída de bola errada.
A campanha dentro do contexto do clube foi extremamente prejudicada por uma falta total do planejamento administrativo que culminou com a queda para a série B quando faltavam pouco mais de 15 minutos para o encerramento da primeira fase do campeonato.
Começando pela demora e até agora sem solução do gramado do Mário Balsini, além de outras exigências impostas pelo regulamento que impediram o Próspera de atuar em seus domínios.
Estas questões não foram solucionadas em mais de nove meses entre uma temporada e outra por falta de recursos que fez o time rodar quase cinco mil quilômetros pelo estado gerando desgaste nos atletas e a quase impossibilidade de treinamentos necessários para melhorar o time tecnicamente.
Para não me alongar em demasia, ficou claro e que sirva de aprendizado, a péssima estrutura foi um peso importante para o rebaixamento. Daqui a pouco tem a série D do campeonato brasileiro e se não houver um planejamento estrutural adequado às necessidades, de nada adiantará sonhar com uma campanha digna na competição.
Que o desabafo do Nei Rama seja bem entendido pela direção do Próspera.