O Zaire, atual República Democrática do Congo foi o primeiro país da África negra a se classificar para uma Copa do Mundo. Até então, o único país africano a participar de um Mundial havia sido o Egito em 1934. Para chegar até a Alemanha Ocidental em 1974 a seleção do Zaire iniciou uma campanha de 11 jogos no dia 06 de junho de 1972 que terminou em 9 de dezembro de 1973.
O Zaire era governado com mão de ferro pelo ditador Mobutu Sese Seko que era apaixonado pelo futebol e prometeu caso a vaga fosse conquistada que os jogadores ganhariam carros, casas e férias no exterior. Vaga conquistada a delegação zairense viajou confiante à Alemanha Ocidental e foi sorteada para disputar a primeira fase num grupo com Escócia, Iugoslávia e Brasil.
A euforia terminou cedo. Logo após o primeiro jogo em que foram derrotados pela Escócia por 2x0 os jogadores descobriram que haviam sido enganados. Os dirigentes embolsaram o dinheiro e avisaram que os prêmios não mais seriam pagos. Os jogadores ameaçaram entrar em greve, mas acabaram voltando a campo a fim de denunciar de qualquer maneira a ditadura zairense.
O jogo seguinte foi contra a Iugoslávia. Um zagueiro deu um pontapé no árbitro que por engano expulsou outro jogador, mesmo com o zagueiro assumindo a responsabilidade pelo lance. O técnico sem qualquer motivo substituiu seu melhor jogador e o goleiro. O resultado foi 9x0 para a Iugoslávia, a segunda maior goleada da história dos Mundiais.
No vestiário os atletas foram informados por emissários do ditador que caso sofressem nova goleada no jogo contra o Brasil não voltariam vivos para casa. Perderam só de 3x0. Derrotados voltaram vivos para casa, mas impedidos de jogar no exterior e todos viveram na pobreza.