A derrota do Criciúma em Ribeirão Preto faz parte do imponderável do futebol. Uma derrota que foi sofrida depois de um domínio insano do time, principalmente no segundo tempo quando o Criciúma jogou quase os 50 minutos no campo do adversário, acuado pela imposição que sofreu.
A questão que ficou clara e ainda não resolvida pelo técnico Paulo Baier é o ajuste ofensivo, pois até agora nos sete gols que o time marcou na temporada, três foram de bola parada, inclusive o de ontem contra o Botafogo numa falta cobrada de forma magistral por Fellipe Mateus.
Se a defesa era até então a melhor de toda série C com apenas um gol sofrido em seis partidas ontem saiu do normal com os três gols marcados pelo adversário. O primeiro numa jogada rápida de contra ataque em uma bola cruzada que o zagueiro Marcel Scalese fez contra e o segundo numa cobrança de falta.
Depois de dominar todo segundo tempo com um cerco implacável à grande área do Botafogo, do técnico ter feito quatro alterações colocando quatro atacantes, faltou criar situações para pelo menos empatar, pois o time rodou, rodou pelas margens da grande área, mas esbarrou numa defesa sólida que usou de todo expediente para mandar a bola longe de sua área.
Com o Criciúma na busca desesperada do gol de empate era previsível o contra ataque e o Botafogo encontrou a única bola que precisava para consolidar a vitória. E esta bola veio já nos acréscimos.
Se foi a invencibilidade, a defesa quase intransponível que havia sofrido apenas um gol depois de oito jogos na era Paulo Baier e a perda da liderança em sua chave, mas nada que não possa ser revertido já no sábado quando o Criciúma irá jogar em Mirassol.