Em 1992 editei a revista HISTÓRIA DO CRICIÚMA com a trajetória do único time catarinense a vencer uma Copa do Brasil e o primeiro que disputou a Taça Libertadores da América.
Numa das matérias, o jogo pela competição sul-americana contra o San José da Bolívia, cujo textos dizia o seguinte:
“Pela primeira vez em sua história o Criciúma jogava uma partida oficial no exterior. Pior, na Bolívia a 2.000 metros de altitude. O adversário: o San José de Oruru, vice-campeão boliviano.
Não eram poucos os que acreditavam que o Criciúma tremeria na base ao enfrentar o compromisso. Qual nada. Suportou altitude, torcida adversaria e ainda venceu o jogo. Está certo que o time não fez uma grande partida, mas o suficiente para vencer.
O primeiro gol foi marcado por Gelson cobrando pênalti sofrido por Jairo Lenzi. Mas, quase não deu tempo para comemorar, logo em seguida o San José empatou também de pênalti.
Mas, no finalzinho o Criciúma mostrou que não estava para brincadeiras. Roberto Cavalo fez um lançamento primoroso para Jairo Lenzi que arrancou pela esquerda e fez um golaço.
Estava começando a nascer a principal estrela do Criciúma em sua história que, por diversas vezes esteve cotado para servir a seleção brasileira ainda quando vestia a camisa do Tigre”.
Este texto foi escrito por Ismail Ahmad Ismail.
O técnico Levir Culpi mandou a campo este time: Alexandre, Jairo Santos, Vilmar, Wilson e Itá; Roberto Cavalo, Gelson e Grizzo; Vanderlei (Adilson Gomes), Zé Roberto (Paulo da Pinta) e Jairo Lenzi.