Do rebaixamento ao título foi a manchete da matéria assinada pela jornalista Michele Picolo na edição nº 2 da revista A BOLA que editei em novembro de 2006.
A matéria dizia que depois da conquista do estadual de 2005, a esperança da torcida foi reavivada. Quem sabe em breve o retorno à elite do futebol brasileiro. Não foi o que aconteceu.
Contratações equivocadas, trocas no comando técnico e falta de planejamento fizeram o tricolor ser rebaixado para a série C. O clube sofria seu maior revés.
No dia 10 de setembro de 2005 o Criciúma terminou sua participação na série B de forma melancólica. Já rebaixado perdeu para o CRB em casa por 2x1. Gritos de protesto vindos das arquibancadas ecoavam no Estádio Heriberto Hülse. Foram três meses sem futebol no Majestoso.
A matéria seguiu detalhando a temporada 2006 com o fracasso no campeonato estadual, a eliminação pelo Vasco da Gama na Copa do Brasil depois de uma virada espetacular sobre o São Caetano e a frustração pela derrota em casa para o Marcílio Dias na semifinal da criada Divisão Especial Catarinense.
Depois de reformular o plantel no início do ano e com contratações pontuais antes da disputa da série C, o Criciúma iniciou sua caminhada para o retorno à segunda divisão do campeonato brasileiro. As dificuldades eram muitas, pois o campeonato foi inchado e 63 clubes entraram na disputa por apenas quatro vagas de acesso.
A fase final foi disputada por oito times com jogos em turno e returno. O time comandado por Guilherme Macuglia estava entrosado e foi vencendo seus jogos principalmente fora de casa para conquistar o acesso acompanhado do título que veio com uma estrondosa goleada sobre o Vitória da Bahia.
Um 6x0 no Heriberto Hülse com direito ao gol de Zé Carlos, goleiro que bateu com precisão uma falta e se tornando o único goleiro do clube a marcar um gol.