Quando Pelé surgiu para o futebol declarou que seu grande ídolo, depois de seu pai Dondinho era um jogador chamado Thomaz Soares da Silva, conhecido como Zizinho, nascido em 14 de setembro de 1921 em São Gonçalo cidade do Estado do Rio de Janeiro.
No início de carreira, Mestre Ziza como ficou conhecido, teve de vencer a desconfiança e superar o então maior ídolo do futebol brasileiro. No primeiro treino no Flamengo teve a dura missão de substituir Leônidas da Silva machucado e jogou os 10 minutos finais.
Na primeira bola que recebeu foi desarmado. Na segunda, partiu para cima, driblou três jogadores e tocou no contrapé do goleiro. Marcou ainda outro gol para confirmar a aposta rubro negra.
Zizinho foi espetacular na seleção brasileira e só não foi contemplado com o título mundial. Participou da fatídica Copa de 1950 e mesmo vice-campeão foi escolhido o melhor jogador do torneio.
A maestria com que jogava lhe rendeu o apelido justamente durante a Copa, apelido dado por um jornalista italiano do Gazzetta dello Sport que escreveu: “o futebol de Zizinho me faz recordar Da Vinci pintando alguma coisa rara”.
Jogou pelo Flamengo de 1939 até 1950. Foi para o Bangu onde ficou até 1957 quando foi contratado pelo São Paulo onde jogou uma temporada. De 1958 até 1962 atuou pelo Audax Italiano do Chile onde encerrou a carreira.
Pelo Flamengo foi campeão em 1939 e tricampeão em 1942/43/44. Foi também campeão paulista em 1957.
Pela seleção brasileira ganhou uma Copa Roca em 1945, uma Copa América em 1949 e um Pan-americano em 1952.