O atacante argentino Mario Kempes e o técnico César Luís Menotti protagonizaram na Copa do Mundo de 1978 um episódio muito simples, mas que mostra com clareza como a superstição convive com o futebol.
Na época do Mundial Kempes usava um elegante bigode em forma de ferradura e cabelos longos e soltos. O técnico preocupado pelo fato de seu atacante titular não ter marcado um gol sequer na fase de grupos, lhe fez uma sugestão.
Menotti frisou que quando visitou o atacante na Espanha antes da Copa estava barbeado e sem bigode e marcava seguidos gols pelo Valencia. Sugeriu que Kempes tirasse o bigode para ver se lhe traria sorte naquela Copa.
Dito e feito, Kempes acatou a sugestão de seu treinador, tirou o bigode e desandou a marcar gols nas fases seguintes do Mundial. Na segunda fase marcou logo dois contra a Polônia na vitória por 2x0 e fez mais dois naquele misterioso jogo contra o Peru quando os donos da casa venceram por 6x0.
Na decisão contra a Holanda Mário Kempes marcou mais dois ser tornando o artilheiro daquela Copa do Mundo.
Meses depois Kempes comentou que o seu bigode tinha que ser esquecido e o Mundial foi um novo capítulo em sua vida.