Aula de idolatria

A televisão nos mostrou nos últimos dias uma verdadeira comoção de um  povo sofrido que teve no futebol o motivo maior para extravasar um sentimento poucos vezes visto desde que o futebol existe.

Muitos podem não gostar por soberba ou inveja, mas o argentino deu ao mundo uma verdadeira aula de como cultuar seus ídolos. E não foi a primeira vez.

Começou com Diego Maradona que encantou o mundo ao levar a Argentina a seu segundo título mundial. E chegou em Lionel Messi o grande condutor de sua seleção ao tricampeonato da Copa do Mundo, 36 anos depois.

Posso afirmar que sou invejoso, pois vivi os cinco títulos mundiais da seleção brasileira e nunca presenciei nada parecido com o que os argentinos fizeram e certamente continuarão a fazer pela conquista no Catar a pouco mais de três meses.

Em nenhuma das conquistas do Brasil houve algum movimento para cultuar os então campeões. Os jogos pós Copas foram disputados muito tempo depois com simples amistosos para a CBD e depois CBF atender aos interesses políticos dos presidentes de Federações.

Em momento algum os protagonistas como Pelé, Garrincha, Romário, Ronaldo, Rivaldo responsáveis direto pelo penta foram homenageados da forma como vimos Lionel Messi na última semana.

É o comportamento do brasileiro que não tem nas veias o sangue que corre nos argentinos que mesmo passndo pelo caos na economia, com inflação absurda, alta taxa de desemprego colocam mais de 42 mil torcedores num estádio de uma distante cidade do país com população de pouco mais de 230 mil habitantes. 

É ou não é de causar inveja?