Thiago Ávila*
A temporada 2017 da Formula 1 acabou. Hamilton se sagrou campeão, a Mercedes conquistou o quarto título consecutivo, Vettel bateu na trave… Quem foram os destaques? E as decepções? As surpresas? Hoje iremos avaliar o que cada piloto fez este neste ano, dizendo se ele foi ‘bom’, ‘mais ou menos’ ou ‘ruim’.
Lewis Hamilton — Bom
O tetracampeão mundial fez, talvez, seu melhor ano na carreira. Foi dominante em quase todos os treinos classificatórios, administrou quando era líder, soube enfrentar um adversário do mesmo nível, não cometeu erros marcantes e massacrou seu companheiro de equipe. Um ano simplesmente fantástico.
Sebastian Vettel — Bom
Desde 2014 ficando abaixo das expectativas para um tetracampeão mundial, fez seu melhor ano na Ferrari em 2017, chegando a liderar o campeonato até a etapa da Bélgica. Seus erros em Singapura, Malásia e Japão custaram seu campeonato e viu o rival ser campeão com duas corridas de antecedência.
Valtteri Bottas — Mais ou menos
Depois de colocar Felipe Massa no bolso por três temporadas consecutivas na Williams, o finlandês teve a chance de mostrar seu potencial no melhor carro do grid, mas foi colocado no bolso de Lewis. Depois de uma bela vitória na Rússia, Valtteri começou a se fortalecer e foi para as férias sendo um dos candidatos ao título. Mas seu tempo sabático parece não ter acabado e fez uma segunda metade bem abaixo do esperado. Renovou o contrato com a Mercedes, mas a própria equipe acha que cometeu um erro.
Kimi Raikkonen — Ruim
O que faz um piloto como Kimi na F1? 38 anos, quatro temporadas na Ferrari e nenhuma vitória. Até o Verstappen, que começou bem depois, já venceu três corridas. Não há explicações para um piloto, que já foi campeão mundial, e hoje não faz nada além de dirigir pela pista pra conquistar, quem sabe, um quarto lugar. É uma triste assistir a mais uma temporada com um piloto que não tem mais o que dar.
Daniel Ricciardo — Bom
Apesar de não ter chegado nem perto de disputar o título, o australiano fez o que pode num carro que não dava, além de alguns pódios. E foram nove esse ano. Chegou a ficar na frente de Raikkonen por grande parte da temporada, mas perdeu o quarto lugar no final depois de abandonar em três ocasiões.
Max Verstappen — Mais ou menos
Max teve um ano de altos e baixos. No início do ano apontava-se que o holandês iria destroçar Daniel, mas não foi o que aconteceu. Fez uma primeira metade horrorosa, sendo que até Sérgio Perez chegou a ameaçar sua sexta posição. De volta das férias, Vestappen começou seu show e chegou a vencer duas corridas, óbvio que não foi suficiente para alcançar o companheiro.
Sérgio Pérez — Mais ou menos
Ninguém pode negar que Sérgio está figurado entre os melhores pilotos da categoria atualmente e o mexicano não fez uma temporada ruim, mas não foi sua melhor. Depois de uma belíssima temporada em 2016, Pérez foi cotado para ser o substituto de Kimi para o ano que vem, mas parece que foi em vão. Terminou a temporada em sétimo, como era de se esperar, mas não teve momentos muito felizes com seu companheiro de equipe e parecia incomodado por encontrar alguém mais jovem e do mesmo nível que ele.
Esteban Ocon — Bom
A grande revelação de 2017 não poderia deixar de ser Esteban Ocon. Depois de terminar o ano com a Manor no ano passado, o piloto da academia júnior da Mercedes obteve uma chance de guiar um carro mais forte para esse ano e se destacou muito, batendo Pérez em algumas ocasiões.
Carlos Sainz Jr. — Bom
O que esse cidadão conseguiu fazer com um carro ridículo como a Toro Rosso? Um espetacular nono lugar. Um resultado tão absurdo que a Renault tirou o piloto da escuderia italiana antes de a temporada terminar. Esse menino tem futuro, grande ano.
Nico Hulkenberg — Bom
Uma estreia muito boa de Nico na Renault. Em um carro que até o ano passado brigava pelas últimas posições, Nico chegou a estar na sétima posição diversas vezes nos treinos classificatórios.
Fechamos a primeira parte da nossa análise com os dez primeiros colocados do grid. Amanhã avaliaremos o restante do grid, esperarei você aqui.
*Estudante do jornalismo da PUCRS