Thiago Ávila *
Na temporada mais acirrada da era dos motores híbridos, a Mercedes consegue seu quinto título consecutivo do campeonato de construtores, mas não foi seu melhor ano.
Se alguém merece levar um prêmio esse ano é Lewis Hamilton, que durante metade da temporada teve um carro abaixo da Ferrari e mesmo assim levou o título no braço. Lógico que não se pode desmerecer o trabalho da equipe, já que ela em conjunto com o britânico os fez campeões dos dois campeonatos.
Em contrapartida, a rival Ferrari se atropelou em erros bobos de estratégia, de pit stop e ainda contou com a ajuda de Vettel com todas as suas rodadas que lhe custaram vitórias preciosas.
A temporada começou mal para Hamilton e muito boa para Vettel, e até Valtteri Bottas vinha fazendo uma temporada acima do britânico. Os carros se equiparavam nas primeiras corridas, mas até a chegada das férias a Ferrari se mostrava mais forte. Seb tinha tudo para conquistar o pentacampeonato, mas caiu no próprio erro e as vitórias “na sorte” de Hamilton no começo do campeonato ajudaram muito o britânico.
Lewis já havia confirmado o título de pilotos no México, mas ainda faltava o de equipes para a festa ficar completa. Em seu segundo semestre, correndo praticamente sozinho, venceu oito dos nove duelos contra Vettel nos treinos classificatórios, e desses oito, seis se confirmaram em vitórias.
Já Bottas é apenas o quarto colocado no campeonato, atrás até de Raikkonen. Foi importante no início do ano, mas um completo medíocre no restante. Foi o único do Big-6 da F1 (Hamilton, Vettel, Raikkonen, Bottas, Verstappen e Ricciardo) a não vencer este ano. Tudo bem, teve azar na China e Azerbaijão e na Rússia ele foi obrigado a entregar para Hamilton, mas não fez nada que os alemães esperavam. Seu contrato foi renovado por mais um ano, controverso. Ocon já vem há dois anos batendo na porta da Mercedes, uma hora eles vão ter que deixar entrar, e Bottas que trate de melhorar.
A Ferrari não chegou nem a beliscar um resultado melhor que os flechas prateadas no Brasil e os alemães conquistaram o pentacampeonato dos construtores, hegemônico na era híbrida, com Hamilton vencendo mais uma.
A expectativa para 2019 é empolgante. A briga entre Mercedes e Ferrari deve continuar; Leclerc chega para a equipe de Maranello; Renault, Haas e Racing Point devem se aproximar dos líderes... Uma temporada interessantíssima nos aguarda!
* Thiago Ávila, Estudante de Jornalismo da PUCRS