A montagem de um plantel de futebol tem muito a ver com o conceito do clube e com a execução do treinador de plantão.
O Criciúma em reconstrução ainda não tem um conceito definido por isso apostou em Hermerson Maria que tem uma forma definida de jogar que mostrou nas equipes por onde andou em tantos anos à beira do campo.
Hemerson Maria é um organizador defensivo e sua aplicação no Criciúma até se entende por ser obrigado a dar uma resposta rápida e formar um plantel com apenas dois remanescentes da temporada anterior. Mesmo com o péssimo início em se tratando de resultados, sofreu apenas quatro gols em cinco jogos que disputou em 2021. Boa média.
Agora em termos ofensivos o time do Hemerson Maria é um desastre. Marcou apenas um gol na temporada e não conseguiu dar um mínimo de padrão para se encontrar com as vitórias. Isso que jogou contra equipes, como por exemplo. Marília e Figueirense que com todo respeito teriam dificuldades para se classificar em qualquer competição do futebol amador. Média ridícula.
Não interessa o nível dos adversários, mas a forma cautelosa até covarde como o Criciúma enfrenta este tipo de adversário é que é inconcebível. Um mínimo de leitura sem muita profundidade fica logico que adiantando o time para marcar em cima e usufruir da falta de qualidade dos adversários que erram dezenas de passes poderia fazer o time sair desta síndrome de abstinência de gols e ter mais confiança em seu futuro.
E aí coloco outra questão. O time tem capacidade e qualidade para ser ofensivo? Se não tem, o técnico tem que buscar alternativas, que afinal é o único responsável.
Mas, clube que não tem conceito de time sempre vai sofrer com os resultados negativos.
Segurar um empate em Marília até se compreende, pois lhe dava o direito da classificação, mas não agredir o Figueirense é inadmissível.