Os times da cidade vivem situações opostas para a última rodada do campeonato. Enquanto um, o grande, vive um processo de agonia às portas do rebaixamento, o outro, o pequeno, vive um momento de euforia por ter feito mais do que esperava e além de permanecer na série A buscou uma classificação improvável para a sequência do campeonato.
O grande, Criciúma, agoniza na penúltima colocação e tem na rodada final o maior desafio de sua existência, desde que se tornou grande no final da década de 1980. É obrigado a vencer o Avaí sob pena de outro resultado decretar sua queda para a série B do catarinense.
O pequeno, Próspera, entrou no campeonato para não voltar à série B e com muita luta, dedicação, além de enorme competência chegou na rodada final classificado e com possiblidades de buscar uma vaga na série D do campeonato brasileiro em 2022.
A diferença entre os dois tem como base maior o planejamento. Enquanto o Próspera vem com um trabalho consistente de três temporadas com dois acessos, o Criciúma veio de um desmanche na última temporada e fez um projeto equivocado e incompetente na montagem do plantel para este ano.
Os jogos de ontem foram emblemáticos na confirmação do que foi dito acima. Enquanto o Criciúma não conseguia ultrapassar o Concórdia que também luta contra o rebaixamento o Próspera com autoridade vencia o Figueirense e consolidava sua ótima campanha.
O time da raça jogará na última rodada em Brusque em jogo que não tem um maior interesse, apenas valerá para posicionamento na classificação. O Criciúma, mesmo jogando em casa terá um compromisso duríssimo contra o Avaí, pois terá que suplantar seus fantasmas.
Na temporada até agora o Criciúma venceu apenas um jogo, no campeonato marcou 06 gols em 10 jogos e não dá esperanças de mudança de roteiro. Não é só pouco poder ofensivo é muito mais a falta de jogadas para chegar ao gol. Cria pouco e nas raras vezes em que consegue finalizar não tem capacidade para transformar em gols as chances criadas.
É dura a vida do Criciúma!