Thiago Ávila *
Com o anúncio surpreendente na última sexta-feira de Ricciardo a caminho da Renault, o mercado de pilotos poderá se movimentar bastante para 2019 e aqui traçamos as prováveis duplas para a próxima temporada da F1.
MERCEDES
Já confirmado ainda antes do GP da Alemanha, Hamilton e Bottas seguem fazendo parte da equipe por pelo menos até o ano que vem. O britânico fechou um contrato anual de 40 milhões de libras esterlinas até 2020, o mais caro da história da categoria. Já o finlandês fechou por mais um ano porque Toto Wolff ainda confia nele como um ótimo escudeiro para Lewis.
FERRARI
Ainda não é certo quem será companheiro de Vettel para o ano que vem, mas os dois nomes mais cogitados são os de Raikkonen e Leclerc. O alemão quer continuar a parceria com Kimi, mas os diretores da equipe de Maranello acreditam que o jovem da Alfa Romeo já está pronto para tomar a vaga do finlandês.
RED BULL
Com a saída surpreendente de Daniel Ricciardo, a equipe da marca de energéticos tem agora apenas o mimado (e veloz) Max Verstappen. O substituto ideal seria Carlos Sainz, que é piloto Red Bull emprestado à Renault, mas a relação entre os dois não é das melhores desde os tempos de Toro Rosso, ainda mais que o espanhol ficou meio enciumado com a promoção do holandês em 2016 e não dele. O mais provável que ocupe a vaga é Pierre Gasly.
FORCE INDIA (ou outro nome?)
A verdade é que ninguém sabe qual vai ser o rumo da equipe de Vijay Mallya, ou melhor, ex-time de Vijay Mallya. O empresário indiano foi retirado do cargo de presidente depois de deixar a equipe cheia de dívidas e com salários atrasados. Dia 28 de julho, Sérgio Perez, a Mercedes e a BWT – patrocinadora máster – entraram com uma ação legal contra a equipe para entrar em administração judicial antes que declare falência, e agora espera um comprador. A empresa de energéticos Rich Energy, Lawrence Stroll e a própria Mercedes estão interessados. Pérez provavelmente fica na equipe, afinal é o que sustenta ela com seu patrocínio da Telcel. Já Esteban Ocon parece ser o nome mais certo para seguir na equipe.
RENAULT
Confirmado na última sexta o nome impressionante de Daniel Ricciardo, a equipe francesa já fechou também a manutenção de Nico Hulkenberg. Ainda não há explicações para a saída do australiano da Red Bull, mas ao que tudo indica o projeto com os novos motores Honda não lhe agradou. Até a revista F1 Racing ficou perdida com a decisão. A edição de agosto saiu justamente no dia da transferência com o destaque: “A Honda pode fazer Dan campeão? E porque a Red Bull é a melhor escolha para Ricciardo?”. Não, apenas não...
HAAS
Os americanos sabem esconder bem o jogo, já foi assim com o desempenho da equipe durante os testes pré-temporada e agora na revelação dos pilotos para 2019. Há indícios que Magnussen confirme sua vaga para mais um ano e que Grosjean caia fora. Mas a Haas é assim, de repente revelam um nome totalmente inesperado.
MCLAREN
Nada confirmado ainda, o que se sabe é que Alonso parece estar de saída e flertando com a Indy e Vandoorne sofre ameaças de Lando Norris, vice-líder da F2. Se não for para a Red Bull, Carlos Sainz parece chegar para pegar a vaga de segundo piloto. Já se Alonso for embora, a equipe de Zak Brown espera ter um piloto mais experiente, como Kimi Raikkonen.
TORO ROSSO
O programa júnior da Red Bull está com os dias contados. Sem nenhum piloto pronto para a categoria no momento, a perda de Pierre Gasly deixa o time com dificuldade na escolha de novos pilotos. Brendon Hartley provavelmente não fica e a Toro Rosso pela primeira pode ter uma dupla sem nenhum piloto Red Bull. Lando Norris, Stoffel Vandoorne e George Russell estão de olho nas vagas.
ALFA ROMEO
Agora sob comando definitivo da Alfa Romeo, a Sauber não deve renovar com Marcus Ericsson e Antonio Giovinazzi pode fechar com a equipe. O outro nome ainda segue em aberto, Kimi Raikkonen pode trocar de lugar com Leclerc para ajudar no desenvolvimento do time.
WILLIAMS
Lance Stroll certamente vai ficar na F1 por quanto tempo ele quiser. Papai tem dinheiro, não tem pressão, uma vaga garantida na Williams sempre terá, agora se outras portas se abrirem, porque não subir um pouco o nível. Já a outra vaga vai ficar nas mãos de Sergey Sirotkin, Robert Kubica ou George Russell, o líder da F2.
* Thiago Ávila, Estudante de Jornalismo da PUCRS