Não foi pior, mas o resultado do jogo de estreia do Criciúma na segunda fase da série C pode ser o motivo para o clube não conquistar o acesso.
Vamos ser realistas, o futebol que o Criciúma vem jogando está dentro do padrão das atuações que são vistas desde o início do campeonato. Já cansei de afirmar que a invencibilidade dentro de casa foi apenas circunstancial, tipo joga mal, mas o que vale é o resultado. Concordo, mas também alertei que uma hora a bolinha salvadora não iria entrar e já são dois jogos com empate em zero dentro do Heriberto Hülse.
Nem foi me referir ao jogo contra o Hercílio Luz, afinal jogou o time reserva que por indução apresentou o mesmo padrão de jogo do titular. Somando já são três jogos sem vitórias dentro de casa, onde se esperava sempre vencer.
Tenho ouvido com atenção as explicações do técnico Paulo Baier após os jogos. Percebo que ele enxerga os problemas, fala sobre a falta de jogadas pelos flancos que não saem com qualidade, quando saem. Pela falta de jogadas trianguladas que não envolvem o adversário. Pelo isolamento sistemático dos jogadores de área, tudo que vem sendo repetido desde o início.
E aí? Tem como consertar?
É inadmissível num jogo decisivo como o de ontem o time chutar apenas uma bola no gol, pelo Maranhão que pelo alto exigiu a intervenção do goleiro do Paysandu. Talvez a bola nem entrasse, mas vamos lá, criou uma chance, apenas uma em quase 100 minutos de jogo.
Agora é enfrentar o Ituano, único vencedor do grupo e ainda fora de casa. Se o jogo contra o Paysandu era decisivo para a sequência da campanha, o jogo de domingo em Itu terá caráter dramático por ser ainda mais decisivo, pois não perder será como manter a sobrevivência e ainda continuar mantendo o sonho do acesso.
Nem os poucos mais de 2 mil torcedores que foram ao Heriberto Hülse puderam empurrar um time que em momento algum teve competência para chamar a torcida na busca do resultado esperado por todos.