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Exaltação ou epitáfio?

Por que a troca?

Por João Nassif 28/08/2019 - 08:09

A manifestação do diretor de futebol do Criciúma logo após a vitória sobre o Oeste deixou em dúvida a necessidade da contratação de um técnico efetivo. João Carlos Maringá colocou o interino Wilson Vaterkamper nas alturas, enaltecendo a forma como trabalhou os cinco jogos que esteve no comando, falou muito da sua paixão pelo clube, da dedicação dos jogadores, enfim deixou clara a impressão que naquele momento estava anunciando a efetivação do Wilsão no cargo.

Wilson Vaterkamper

Se realmente foi tudo o que disse o Maringá não havia a mínima necessidade da contratação do Waguinho Dias ou de qualquer outro treinador.

Desde a demissão do Gilson Kleina eu já vinha comentando a necessidade do clube resolver rapidamente a substituição. Não compactuei com o que dizia o Maringá sobre a evolução do time que conseguiu bons resultados, mas sem jogar de maneira muito melhor. O Criciúma passou aperto em todos os jogos e os resultados apareceram por ser o futebol circunstancial.

Na era Gilson Kleina um zagueiro escorregava na frente da área, outro perdia o confronto com o atacante e resultava em gol, em outro o goleiro falhava, enfim o futebol era modesto, mas os detalhes conspiravam contra. Na era Wilsão os defensores salvavam gols em cima da linha, o goleiro operava milagres, os atacantes adversários erravam na cara do gol, enfim os detalhes conspiravam a favor.

Por esta ótica o clube resolveu contratar novo técnico, quer dizer o discurso do Maringá de exaltação soou como um epitáfio ao Wilsão.
 

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