A manifestação do diretor de futebol do Criciúma logo após a vitória sobre o Oeste deixou em dúvida a necessidade da contratação de um técnico efetivo. João Carlos Maringá colocou o interino Wilson Vaterkamper nas alturas, enaltecendo a forma como trabalhou os cinco jogos que esteve no comando, falou muito da sua paixão pelo clube, da dedicação dos jogadores, enfim deixou clara a impressão que naquele momento estava anunciando a efetivação do Wilsão no cargo.
Se realmente foi tudo o que disse o Maringá não havia a mínima necessidade da contratação do Waguinho Dias ou de qualquer outro treinador.
Desde a demissão do Gilson Kleina eu já vinha comentando a necessidade do clube resolver rapidamente a substituição. Não compactuei com o que dizia o Maringá sobre a evolução do time que conseguiu bons resultados, mas sem jogar de maneira muito melhor. O Criciúma passou aperto em todos os jogos e os resultados apareceram por ser o futebol circunstancial.
Na era Gilson Kleina um zagueiro escorregava na frente da área, outro perdia o confronto com o atacante e resultava em gol, em outro o goleiro falhava, enfim o futebol era modesto, mas os detalhes conspiravam contra. Na era Wilsão os defensores salvavam gols em cima da linha, o goleiro operava milagres, os atacantes adversários erravam na cara do gol, enfim os detalhes conspiravam a favor.
Por esta ótica o clube resolveu contratar novo técnico, quer dizer o discurso do Maringá de exaltação soou como um epitáfio ao Wilsão.