A decisão da FIFA em promover a primeira Copa do Mundo no Uruguai, não agradou aos europeus. A Europa estava imersa numa grave crise econômica e o custo do deslocamento das delegações para outro continente seria enorme, além disso, o profissionalismo estava começando no futebol e os principais clubes europeus não queriam ficar muito tempo sem seus principais jogadores.
O presidente da FIFA Jules Rimet foi firme em sua decisão e conseguiu convencer alguns países a participar do evento. França, Iugoslávia, Romênia e Bélgica foram os europeus que atenderam à convocação do presidente. Os britânicos ficaram de fora porque eram completamente contrários ao profissionalismo que estava começando.
As quatro delegações europeias partiram com destino ao Uruguai no dia 21 de junho de 1930 de Villefranche-Sur-Mer, porto localizado no sul da França: Bélgica, França e Romênia viajaram no navio “Conte Verde”, enquanto a Iugoslávia embarcou no “Flórida”. Os viajantes passaram pelo Rio de Janeiro no dia 29 de junho e finalmente desembarcaram em Montevidéu no dia 04 de julho.
Na América do Sul também havia problemas. O Brasil sofria com a briga interna entre a CBD e a APEA, a primeira carioca e a segunda paulista que lutavam apenas por seus próprios interesses e não se preocuparam com o Mundial. Os cariocas tomaram conta da “Operação Mundial” e não permitiram paulistas na comissão técnica e mais, os grandes jogadores da época que atuavam nos times paulistas não foram convocados. Apenas um paulista, Araken Patuska brigou com seu clube, o Santos e aceitou a convocação.