Dois episódios recentes no futebol retratam de forma inequívoca o momento em que vivemos como sociedade.
Primeiro o atentado sofrido em Recife pela delegação do Fortaleza após o jogo contra o Sport pela Copa Verde. Pedras e até uma bomba foi jogada contra o ônibus na saída da Ilha do Retiro, ferindo vários jogadores.
CBF, Sport emitiram notinhas de repúdio, procedimento padrão em eventos desta natureza. Não é a primeira vez, nem será a última pela falência da justiça no país. Quantos casos parecidos já aconteceram e não sem tem sido notícia que alguém foi preso, e se foi ficou poucas horas na cadeia, pois as leis são brandas e não há interesse em faze-las mais severas.
A grande preocupação da CBF e do governo é com a realização da Copa do Mundo Feminina em 2027, pois uma delegação da FIFA está no país verificando as condições para autorizar a competição.
A CBF lavou as mãos sobre o atentado em Recife e o governo que já torrou bilhões de reais em super faturamento para receber um Panamericano e uma Copa do Mundo quer novamente investir sem nenhuma necessidade em outra competição.
Segundo a condenação por estrupo cometido pelo lateral Daniel Alves. As duríssimas leis espanholas permitem que o pagamento de uma, chamamos de multa, a pena seja reduzida.
O parceiro Neymar, que deveria ser exemplo pelo ídolo que é doou 160 mil dólares para que Daniel Alves tivesse sua pena diminuída para quatro e poucos anos. O jogador em momento algum mostrou repúdio pelo crime. Cada um dá seu dinheiro para quem quiser e mostra que a vítima não tem a mínima importância..
São dois exemplos da inversão de valores que escacaram o momento em que vivemos como sociedade.