No congresso da FIFA de 1936, realizado em Berlim, no momento em que terminavam os Jogos Olímpicos, 40 dos 54 filiados da entidade resolveram dar à França o direito de sediar o III Campeonato Mundial de Futebol.
A Argentina se candidatou para ser sede do evento alegando alternância de continentes, mas o presidente da FIFA, Jules Rimet, que também era presidente da Federação Francesa de Futebol usou de seu prestígio para que a França fosse a sede da Copa. A Argentina como represália não participou das eliminatórias.
O mesmo fez o Uruguai e a Bolívia, por isso o Brasil foi a única seleção sul-americana a participar do Mundial. Ficou resolvido que o Estádio de Colombes em Paris seria ampliado e que outros estádios seriam construídos em outras cidades francesas.
A Europa respirava guerra. O Mundial foi tenso marcado pela gravíssima situação internacional que levaria a Europa e o mundo à segunda guerra mundial, um ano após a Copa. A Espanha estava em plena Guerra Civil e nem se inscreveu para a Copa.
Adolf Hitler anexava a Áustria, obrigando os principais jogadores austríacos jogarem pela seleção alemã. Os uruguaios ainda continuavam zangados pelo boicote europeu à Copa de 1930. Os argentinos preteridos como sede do Mundial também não quiseram participar.
Foram inscritos 35 países e com algumas desistências, 21 participaram das eliminatórias. Pela primeira vez o país sede e o último campeão estavam automaticamente classificados para a fase final do Mundial.