A Suécia que havia sido escolhida pela FIFA para sediar a segunda Copa do Mundo, desistiu misteriosamente e a Itália que não teve sucesso em sua tentativa de organizar a primeira Copa do Mundo foi indicada para sediar o Mundial de 1934. A escolha foi norteada por interesses políticos.
O regime fascista subjugava o país e o ditador Benito Mussolini tinha como objetivo transformar a Copa do Mundo numa espécie de propaganda do regime. A influência do ditador na decisão da FIFA foi indiscutível e se impôs em diversos aspectos como, por exemplo, a escolha de diversos árbitros suspeitos nas partidas da anfitriã Itália.
O sueco Ivan Eklind que apitou a semifinal e a final teria se encontrado com Mussolini antes das partidas. Misteriosamente as decisões polêmicas sempre foram tomadas em favor da Itália (expulsões e gols anulados dos adversários). Alguns árbitros influenciaram tanto nos resultados da seleção italiana que foram expulsos de seus países, casos do suíço René Mercet e o belga Luis Baert.
Algumas peculiaridades marcaram a Copa de 1934. O Uruguai campeão do torneio anterior recusou o convite para participar do evento num boicote aos europeus que ignoraram a edição anterior, tornando-se o único defensor do título que não competiu no torneio seguinte.
A Inglaterra também ficou de fora, pois os inventores do futebol não reconheciam a Copa do Mundo como um torneio importante e empenhavam-se em organizar um Campeonato Europeu de Seleções. A Itália, país sede teve que participar das eliminatórias, fato único em toda história dos mundiais.