Com a vitória inevitável sobre o Sampaio Correa o Criciúma confirmou presença na série B em 2019.
O futebol profissional de hoje requer capacidade para um planejamento consistente e acima de tudo uma gestão profissional. Foi tudo o que o Criciúma não apresentou nesta temporada.
O técnico Mazola Júnior na coletiva final criticou a forma como o clube trabalhou a temporada com troca de diretores executivos, treinadores e preparadores físicos com contratações de jogadores debilitados fisicamente e muitos fora de ritmo de jogo, enfim deixou escancarada a forma amadora como o futebol foi tratado pelo presidente e sua equipe.
Mazola tem vendido a ideia de profundo conhecedor da série B e deu a receita para que o Criciúma possa ser diferente na próxima temporada. Elogiou em excesso o presidente e seu diretor executivo. Jaime Dal Farra pela administração do clube como um todo e Nei Pandolfo pelo conhecimento da função.
Como deu todas explicações da forma como o futebol tem que ser planejado que até pensei que poderia se candidatar a diretor executivo. Fiquei aliviado quando explicou que seu sonho é trabalhar como técnico na série A. Não deu garantias de renovação de contrato, mas com certeza continuará no clube se for radicalmente mudado o conceito da gestão na área do futebol.
Ficou valorizado por ter conseguido manter o time na série B, mas apresentou um futebol pobre, sem conseguir se impor com mais vitalidade sobre adversários de menor porte técnico e sem a história e estrutura de um clube com histórico vencedor. Só escapou, pois seu futebol foi o melhor entre os piores. Depois de tudo que ouvi na coletiva final cheguei à conclusão que Mazola Júnior não será o técnico do Criciúma em 2019.
E para finalizar, a torcida. Encheu o estádio e foi para o embate final se solidarizar com a instituição. Apoiou o tempo todo, sofreu até os 25 do segundo tempo e saiu do estádio com o sentimento de dever cumprido.
Que fique bem claro, a presença de todos foi pelo clube, não pelo presidente, técnicos ou jogadores. O torcedor lutou até o momento de relaxamento para manter vivo um clube que está em mãos de quem sabe pouco em matéria de futebol e que por detalhes não jogou tudo para a lata do lixo da história.