Deu a lógica no Augusto Bauer, o Brusque melhor time de toda série C dominou completamente o Criciúma, fez com absoluta naturalidade os 3x1 e depois abdicou do jogo, certamente pensando na sequencia do campeonato. Abriu cinco pontos sobre o segundo colocado e por tudo que faz na competição ficou com 10 pontos a mais que o Criciúma, quinto colocado neste término de primeiro turno.
Quando falo do Brusque na competição, estou falando de um time bem treinado, com jogadas de velocidade onde cada um sabe o que fazer, sempre voltado para o gol e quase sempre superando os adversários numa campanha irrepreensível com 81% de aproveitamento. O Brusque tem um técnico que assumiu depois do título da série D, venceu a Supercopa catarinense, foi à quarta fase da Copa do Brasil e terminou o estadual na segunda colocação.
Ao contrário o Criciúma. Rebaixado em 2019 manteve a comissão técnica, foi eliminado na primeira fase da Copa do Brasil sofrendo uma goleada em Santo André, foi eliminado na semifinal do catarinense e faz esta campanha irregular na série C com apenas 44% de aproveitamento.
E pior, mesmo com tanto tempo para treinar, com várias contratações o time não mostra jogo após jogo qualquer evolução, pelo contrário cada vez mais se percebe retrocesso, sem esquema, poucas jogadas trabalhadas, um coletivo ruim e poucas perspectivas para o futuro, pois não se percebe nenhum movimento para troca de comando.
É possível ficar entre os quatro a avançar para a segunda fase pela qualidade dos adversários, mas daí em diante não há garantias de acesso. A colheita é fruto total do que foi plantado nas últimas temporadas.