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Futebol e política

Almanaque da Bola #306

Por João Nassif 25/05/2019 - 22:33 Atualizado em 26/05/2019 - 07:36

No final de 1989 Egito e Argélia disputaram em duas partidas uma vaga para o Mundial do ano seguinte que foi realizado na Itália. As duas nações alimentavam rivalidade história motivada pelo processo de independência argelina durante a década de 1950.

Na África muitos países lutavam pela independência. Muitos jogadores argelinos abandonaram seus clubes europeus e formaram uma equipe da Frente de Libertação Nacional (FLN), o movimento armado contra a ocupação francesa em seu território.

O selecionado atuou no Norte da África, na Ásia e no Leste Europeu com a ambição de divulgar o movimento armado pelo mundo. 

Seleção da FLN

O governo do Egito apoiou a guerra da independência argelina, mas não teve a mesma postura com relação ao futebol, pois os egípcios temiam represálias por parte da FIFA caso medissem forças com o selecionado rebelde. O Egito era um dos fundadores da Confederação Africana de Futebol e a FIFA não reconhecia o selecionado da FLN.

Mesmo assim a decisão da vaga para a Copa da Itália foi confirmada, no primeiro jogo em Constantina na Argélia houve empate em 0x0 e na segunda partida no Cairo o Egito venceu por 1x0 e ganhou o direito de participar pela segunda vez de uma Copa do Mundo.
 

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